Prosimetron

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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Os meus franceses - 561


O Chiado


Há 28 anos, a 25 de Agosto de 1988, um incêndio destruía quase por completo os armazéns Grandella e Chiado, em plena baixa lisboeta. Duas pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas. No total, 18 edifícios ficaram destruídos. O inquérito levantado pela Polícia Judiciária sobre o incêndio foi arquivado em 1992.

Esta fotografia data de meados dos anos 60.

Philippe Hugonnard: Montmartre


Marcadores de livros - 805


Guerreiros de Xian

As esculturas eram originalmente pintadas com cores vivas. Hoje restam apenas algumas com umas cores muito pálidas.

Quando um grupo de agricultores começou a escavar à procura de água em Xian, na China, deparou-se com uma imensidão de figuras de terracota que estavam no interior do mausoléu de Qin Shi Huang, primeiro imperador da China. A descoberta aconteceu em 1974 e as escavações que se seguiram desenterraram cerca de 8000 guerreiros, cavalos, armas e carruagens. 
A exposição Terracotta Army, Guerreiros de Xian com réplicas destas figuras de terracota está na Cordoaria Nacional  até 10 de setembro.
Há uns anos vi esta exposição, ou similar, na falecida Pinacoteca de Paris. Voltei agora a vê-la.


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Os meus franceses - 560



Léo Ferré faria hoje 101 anos.

Leituras no Metro - 285

Barcarena: Presença,  2010

Em janeiro de 2006, uma pequena aldeia no Norte da Suécia assiste a um massacre sem precedentes: dezanove pessoas são brutalmente assassinadas. A polícia não sabe o que pensar: terá sido um doente mental? 
Entretanto, a juíza Birgitta Roslin lembra-se que a sua mãe Gerda, já falecida, tinha vivido nessa aldeia com uns pais adotivos, dois dos assassinados. Pela net, descobre que nos Estados Unidos tinham também sido assassinadas, uns anos antes, umas pessoas com o mesmo apelido de uma das famílias da aldeia. 
Birgitta parte para essa localidade e não havendo na polícia quem leve a sério esta coincidência, a juíza começa a investigar. Poderá ela tornar-se num alvo do assassino devido à mãe ter sido educada por um casal de apelido Andrén.
Quando comecei a ler este livro de Mankell pensei que seria da série do comissário Wallender. Mas gostei muito até porque aprendi algo sobre os chineses que eram raptados - por chineses - em Cantão e despejados nos EUA para construírem, como trabalho escravo, a linha férrea transcontinental e a Central Pacific Railroad. Cada trabalhador, se entretanto não morresse, ao fim de três anos estava livre. Eram chamados chinks.

Não pude deixar de relacionar esta situação como a dos coolies, chineses recrutados e embarcados em Macau para trabalharem na cana-de-açúcar em Cuba, numa situação também próxima da escravatura. Os coolies iam com ‘contratos’ de oito anos e no final, se sobrevivessem, eram livres. Mas como poderiam uns e outros regressar à China?
A situação inumana em que viviam os coolies foi objeto de um relatório de Eça de Queirós, quando era cônsul em Havana, afim de que Portugal tivesse conhecimento desse facto e agisse, já que Macau era território português.

Lisboa: Perspectivas & Realidades, 1979

Caixa do correio - 91

Palácio de Cristal, Parque do Retiro.
Foto Félix Jesús Corral

Este postal demorou quase um mês a chegar de Madrid a Lisboa. Vinha, da parte da Ana, com «beijinhos para todos os prosimetronistas». )

Marcadores de livros - 804

Um puzzle de três marcadores com um quadro de El Greco. 

Obrigada, Luisa! 

O Rei no estúdio de Sorolla

Para o Luís

Joaquín Sorolla e D. Alfonso XIII, Casa Museu Joaquín Sorolla

Legenda: 1.D. Afonso XIII conversando com o grande pintor Sorolla no seu estúdio, acompanhado pelos marqueses de Viana y de la Vega-Inclán; 2. Os Reis visitando a exposição Beruete, instalada no estúdio de Sorolla; 3. SS. MM. o Rei e a Rainha Victória surpreendidos pela máquina fotográfica, num momento da visita que fizeram ao estúdio de Sorolla.

Boas férias!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Boa noite!

Do disco que saiu há 50 anos.

Pacotes de açúcar - 152

Acho que já tinha postado alguns destes pacotes, mas agora vem a coleção mais completa. E com alguns reversos.

Obrigada, Cláudia!

Caixa do correio - 90

Dois postais da Miffy que a Sandra enviou para os meus netos. Eles agradecem. :)


A minha irmã adorava os livros de Dick Bruna, o qual teria feito hoje 90 anos se não tivesse falecido em 16 de fevereiro passado. 

Nos anos 70 do século passado, a Verbo começou a publicar a coleção Girassol (mais tarde Malmequer) com livros de Dick Bruna, muito simples tanto no desenho como no texto, com traduções de António Manuel Couto Viana, Maria Adelaide Couto Viana e Maria Isabel de Mendonça Soares. 

Lisboa: Verbo, ca 1970
Lisboa: Verbo, ca 1970
Lisboa: Verbo, 1973
Lisboa: Verbo, 1985

Já depois do ano 2000, a Asa começa editar a coleção Miffy, com traduções de Dora Isabel Batalim. A coelhinha Miffy 'nasceu' em 1955.

Porto: Asa, 2002 
Porto: Asa, 2004 
Porto: Asa, 2002
Porto: Asa, 2005

Recentemente apareceu esta edição da Miffy que acho muito menos engraçada:
Porto: Asa, 2009

Van Gogh Alive - The Experience


Até ao final de agosto pode ver em Lisboa 120 obras de Van Gogh projetadas no Torreão Poente da Cordoaria Nacional. As pinturas, desenhos e escritos de Van Gogh são projetados em alta definição, em tamanhos enormes e de forma dinâmica nas paredes, nos tecto e no chão.
Fui ver esta exposição mais pelos meus netos porque achei que lhes agradaria, mas eu também gostei.


«Não tenho certeza de nada, mas a visão das estrelas faz-me sonhar.»
Van Gogh

Enquanto alguém se lembrar de nós permanecemos vivos.

Para se estudar o passado é preciso conviver com o presente.

Foi um dos ensinamento que apreendi com A. H. de Oliveira Marques  (nasceu a 23.VIII.1933)



terça-feira, 22 de agosto de 2017

Boa noite!



Gato preto!

Para Jad

Boas férias!


Magnífica Itália


A rtp2 inicia (iniciou...) hoje uma série documental sobre a Itália. Todos os dias úteis, por volta das 16.30h, a estação televisiva convida-nos a explorar um dos mais belos países do mundo. "De Veneza a Roma, Sicília ou Toscana, cada episódio é um itinerário distinto pelas 20 regiões de Itália que mostra a herança natural e artística deste país de rara beleza. A história, o património cultural e gastronómico contado através de testemunhos de especialistas, celebridades, artesãos, artistas e cozinheiros." (site rtp 2) .

Única "falha": a série é em inglês, e não na língua de Dante... Assim, a nossa nova vinheta é dedicada à península itálica. Mostra Camogli, uma pequena localidade na região da Liguria...


Le Figaro

Cartaz de Pierre Bonnard, 1904

Pierre-Auguste Renoir - Madame Monet lê Le Figaro, 1872
Lisboa, Museu Gulbenkian

Eu também me estou a preparar para ler este jornal durante uns dias. O jornal tem uma virtude: é bastante informativo.

Marcadores de livros - 803

Um puzzle de dois marcadores.

Obrigada, Justa!

Ainda Danielle Darrieux

E por sugestão de Maria Franco.

Serão flores?

Lisboa, Av. Estados Unidos da América

Como se chamarão estas flores que parecem uns balões?

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Os meus franceses - 559

Danielle Darrieux fez 100 anos no dia 1 de maio.

Verão: A estação das aparências

Paris: Anamosa, 2017
€19,50

Christophe Granger publicou um livro sobre a história do Verão e dos corpos expostos ao sol. 
Transcrevo a seguir uns extatos de uma entrevista que o autor deu a L'Obs (18 ago. 2017):

Quand a-t-on véritablement commencé à montrer son corps à la plage ?
Il y a un journal, dans les années 30, qui s'appelle "Le rire", qui fait un numéro spécial pour dire "scandale à la plage : on a vu quelqu'un qui est resté habillé". C'est sur le mode de la boutade mais ça en dit long...
Pour les catégories sociales qui détiennent les codes, qui ont les moyens économiques, sociaux, qui maîtrisent les enjeux symboliques de ces nouvelles pratiques, cela se noue dans les années 20 et 30. Se dénuder sur une plage est devenue une pratique coutumière au début des années 30, sur les plages familiales et mondaines.
A la même période, on observe sur les plages populaires une mixité dans les pratiques, qui disparaîtra petit à petit. Sur les photos, on voit des gens habillés, portant des casquettes, comme s'ils arrivaient directement du boulot... Et à côté d'eux, des gens dénudés, debout ou allongés.
Il faut évidemment apprendre à maîtriser les codes. Prenez les paysans, dans les années 70, ils restent encore habillés sur la plage

Biarritz, 1900

Est-ce que ça a été subversif de se mettre en maillot de bain sur une plage ?
Cela a été transgressif à plusieurs niveaux. Il y a d'abord cette forme de mixité. Elle n'existait pas encore à l'école qu'elle existait déjà à la plage, à l'état très dénudé. Cela passe par des corps visibles, d'habitude réservés à la conjugalité, ou à la chambre à coucher. Ça aussi a été une transgression considérable.
Après le fait de venir sur une plage et de se déshabiller n'était pas scandaleux jusqu'au moment où le curé vient et fait scandale parce que ça ne se fait pas...

Ce sont les incroyables "batailles de plage" que vous décrivez dans le livre. La naissance des corps d'été ne s'est pas fait sans résistance, émotion et animosité.
Les batailles de plage nous rappellent que pour toute une partie de la population, le changement ne se fait pas du tout. Ceux qui résistent sont d'ailleurs tellement choqués qu'il existe une littérature de déploration considérable.
On voit surgir le scandale avec les pétitions au maire, au préfet, par les arrêtés municipaux, le chantage auprès des hôteliers, par les tournées de plage des curés, par les ligues de moralité qui s'organisent...
Ça fait scandale parce qu'une partie refuse d'accepter cela, au nom de la morale. C'est une vraie croisade. Cela remonte jusqu'à la chambre des députés, dont certains pensent qu'il faut légiférer sur la taille du maillot de bain et sur ce qu'on peut tolérer.
On sait aujourd'hui comment cette lutte s'est terminée. Mais à l'époque, pour ceux qui se battent contre, c'est juste un phénomène dont ils sont sûrs qu'il ne durera pas.

Pacotes de açúcar - 151

A coleção é de dez pacotes, mas só tenho estes dois.

Obrigada, Jad.

Marcadores de livros - 802

Um marcador magnético que dobra pelo meio.

Vista do Euromast, Roterdão, 1960
Netherlands Fotomuseum

Obrigada, Sandra!

domingo, 20 de agosto de 2017