Prosimetron

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sábado, 2 de novembro de 2013

Boa noite!


Henry Purcell no Dia dos Fiéis Defuntos


Todo o percurso artístico de Henry Purcell (1659 - 1695) contou com a protecção da corte real inglesa. Durante os reinados de Carlos II, Jaime II e Guilherme III, o compositor concluiu um conjunto de obras, entre elas, odes e semi-óperas, por ocasião de diversos acontecimentos ligados à Casa Real. Deteve também o cargo de organista da Chapel Royal, da prestigiada instituição real fundada no século XIII, cujo apogeu artístico durante os séculos XVI e XVII acolheu outras grandes figuras da música inglesa da época, tais como, Thomas Tallis, Christopher Tye ou William Byrd.
Para Maria II que reinou com o seu marido holandês Guilherme, Purcell compôs música que se destinava às celebrações de aniversário da soberana. As exéquias reais aquando da morte de Maria II foram acompanhadas de sequências musicais notáveis, habitualmente associadas a Purcell. As investigações mais recentes sugerem, no entanto, que estas Funeral Sequences não foram escritas para as cerimónias fúnebres que se realizaram em Março de  1695. Na verdade, as composições cantadas atribuem-se hoje em dia a Thomas Morley, músico renascentista da segunda metade do século XVI e primeiro compositor de madrigais. A única (mas magnífica) contribuição de Henry Purcell para este acontecimento consistiu na finalização de duas peças para trombones, bem como do célebre coral Thou knowest, Lord, the secrets of our hearts que se segue numa versão do coro do King's College de Cambridge.   

Pensamento ( s )



Concordo com o famoso jornalista e escritor brasileiro.

Lá fora - 178 : Angkor em Paris



Uma exposição muito interessante, no Museu Guimet, sobre o que foi a recepção dos tesouros de Angkor e da civilização khmer em França nos sécs.XIX e XX. É a maior exposição alguma vez feita fora do Camboja, com 250 peças : esculturas khmer, fotografias, aguarelas e desenhos dos primeiros descobridores das deslumbrantes ruínas do Império Khmer.

Até 13 de Janeiro. Mais info : www.guimet.fr

Números

 - Em Berlim, onde há também quem revolva os caixotes de lixo.
- Um banco alimentar em Dortmund.

13 000 000

Um número que me surpreendeu, vindo do suposto " país da abundância ", e é um número oficial divulgado esta semana pela Agência Federal Alemã de Estatística : 13 milhões de alemães, um em cada seis, são pobres ou estão em risco de cair na pobreza. A taxa de pobreza não pára de aumentar, e como o Filipe Nicolau me explicou recentemente é muito frequente na Alemanha ter-se dois e três empregos para conseguir uma vida decente, já para não falar dos milhões de alemães que têm empregos precários.



Humor pela manhã


O caso Bárbara/Carrilho obrigou a PSP a deslocar meios em permanência para a casa da apresentadora. O próximo passo é instalar uma superesquadra no prédio e o GOE no telhado.
Ontem, soube-se que a NSA espiou cerca de 60 milhões de telefonemas entre Bárbara e Carrilho e o " Record " adiantava que as divergências entre o casal começaram nos pré-socráticos e prolongaram-se até Wittgenstein. Não se confirma, por enquanto, a informação da Frelimo, que dizia que o ex-ministro da cultura andava a monte na Gorongosa. MB

- No Inimigo Público de ontem.

Bom dia !


Quotidianos - 115

Charles-Joseph Flipart - Mesa revuelta con pinturas, zanfonía, libros y otros objetos de trempantojo
Óleo sobre tela, ca 1779
Madrid, Museu do Prado

Arrumando... Mais livros e papéis. :)

Marcadores de livros - 120

Frente e verso.


Brassaï: Pour l’amour de Paris

Abriu ontem, em Paris, no edifício da Mairie, uma exposição sobre a relação que Brassaï teve com a cidade de Paris e a sua vida. Pode ser vista até 31 de março de 2014.

Zé da Guiné: In memoriam

Zé da Guiné no Bairro Alto. Foto de Luís Branco.

Chegou a Portugal depois do 25 de Abril e abriu o Souk no BA e mais tarde o Rockhouse que, em 1982, se passou a chamar Jukebox. Esteve ligado à abertura de outros espaços noturnos, como As Noites Longas, no Conde Barão.
Estava doente há dez anos, tendo falecido no dia 25 de outubro.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Boa noite!

Um ritmo cabo-verdiano para acabar a semana de trabalho.

Tributo a Lou Reed, esta noite, no Intendente


Jorge Palma, Paulo Furtado, Rui Reininho, Samuel Úria, Zé Pedro, Manuel Fúria, Tiago Bettencourt, Rita Redshoes e JP Simões são alguns dos nomes que interpretam noite fora canções de um dos mais inventivos e influentes criadores da música popular americana. Hoje, às 21h30, no Intendente.

Um quadro por dia


Vassily Kandinsky, Dia de Todos os Santos 2, 1911, Galeria Municipal de Lenbach, Munique.

Nuno Saraiva na abysmo



Humor pela manhã



Halloween

Bom dia !



Noel Harrison, que celebrizou esta bela The Windmills of Your Mind ( Óscar para Melhor Canção, 1968 ) de Michel Legrand, Alan e Marylin Bergman, e era filho do grande Rex Harrison. Morreu no passado dia 20, aos 79 anos.

... numa flor


Nem sempre a neve
cai do céu: às vezes,
explode numa flor.

Albano Martins, Assim são as Algas. Porto: Campo das Letras, p. 251.


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Boa noite!

Adoça Malvados

Il de Arthur Getz (oct. 25,1976)


1 kg de abóbora
400 g açúcar
3 paus de canela
2 cascas de limão
5 colheres de sopa de nozes trituradas

Coloque, num recipiente, a abóbora cortada aos cubos, o açúcar, os paus de canela e as cascas de limão. Leve ao lume, brando, até a abóbora ficar mole. Depois de estar bem cozido retire os paus de canela e a casca de limão e passe com a varinha mágica. Adicione as nozes trituradas, envolva e deixe arrefecer.

Recebi por email uma receita de doce de abóbora, com este título, que adaptei. Obrigada, Ana!

Prémio PEN 2013 - ex aequo


Estão as praças,
Como ágoras de outrora, estonteadas
Pela concentração dos organismos, 
Pelo uso da palavra, a fervilhante
Palavra própria da democracia,
Essa que dá a volta e ilumina
O que, por um instante, a empunhou

Hélia Correia



INVENTÁRIO PLEBEU
para o José Miguel Silva

A verdade, digam lá o que disserem,
é que tivemos muito pouca sorte
com os poetas (?) nossos contemporâneos.

Um nasceu em Galveias e tatua-se
ou alfineta-se para disfarçar um vazio evidente;
outro gosta de andar nu em Braga,
muito depois - e aquém - de qualquer Pacheco.
(Ignoram, ambos, que a única pila maior
do que o mundo era a do João César Monteiro.)

Um terceiro, cujo nome nunca escreverei,
é a mulher moderna da edição
às cegas e da sacanice quotidiana. O quarto
e o quinto (gabo quem os logra distinguir)
arrotam melancolia e não admitem
o mínimo desvio à sacrossanta transfiguração da lírica.

O sexto - não, não me apetece falar aqui do sexto.

Consola-nos, isso sim, saber que uns se tornaram
entretanto romancistas (pilim,pilim), e que os restantes
hão-de ser, muito em breve, ministros
ou somente pulhas (é, no fundo, a mesma coisa).

Enquanto, de esgoto em esgoto,
Portugal progride a olhos vistos
e é bem capaz de levar, um dia destes,
com outro Nobel nas trombas.

Manuel de Freitas

Porque andam tantas girafas no face?


Já reparou que nos últimos dias alguns dos seus amigos do Facebook mudaram a fotografia de perfil para a imagem de uma girafa? Pois é, chegou a altura de compreender o porquê desta enchente de animais na rede social. Trata-se de uma adivinha e as girafas, na verdade, representam aqueles que não conseguem acertar. 

“São três da manhã, a campainha de casa toca e acordas. Os teus pais fizeram uma visita inesperada para tomar o pequeno-almoço. Tens geleia de morango, mel, vinho, pão e queijos. O que é que abres primeiro?”
É esta a pergunta que está na origem de todas as girafas ‘facebookianas’. A advinha foi criada por Andrew Strugnel, mas rapidamente foi traduzida para diversas línguas, chegando aos mais variados países.
Este jogo passa por enviar a adivinha por mensagem privada e a resposta deve ser dada da mesma forma. Se acertar, tudo bem, não ganha nada; mas se errar, terá que escolher a imagem de uma girafa e colocá-la como fotografia principal no seu perfil.
Este jogo está a ser tão popular que até já foi criada uma página dedicada na rede social. A ‘The Great Giraffe Challenge’ conta já com 129 mil seguidores.


Fonte: Notícias ao minuto


A caminho do infinito


Uma ideia muito boa


         « A Ronda da noite», quadro de Rembrandt (1642), foi o mote.

        Na Holanda, os gestores do Rijksmuseum tiveram uma excelente ideia:

        Levar o museu às pessoas, esperando que depois elas se dirijam ao
museu.

        Escolheram o quadro de Rembrandt, acima referido, como mote.

        Aqui tendes o resultado do espectáculo/montagem, exibido num centro
        comercial.
 

Citações


(...) A revista The Economist, há poucas semanas, referia que um estudo em curso sobre a distribuição do rendimento na América revelava que, no ano passado, 19% do rendimento nacional se concentrava em 1% da população, a proporção mais elevada desde 1928. Este grupo viu o seu rendimento aumentar 31% no período entre 2009 e 2012, enquanto os outros 99% viram os seus rendimentos crescer apenas 0,4%. Apesar de Obama. Não será por isso assim tão surpreendente que seja um relatório do próprio FMI a sugerir um imposto especial sobre a riqueza.
Na Europa, embora o problema possa não ter a mesma dimensão, tendo em conta a fiscalidade europeia, mais progressiva, e a natureza do modelo social, a situação é mais preocupante. Quer pelo fraco crescimento económico e pelo desemprego, quer, sobretudo, pelas tensões provocadas pelo ajustamento da zona euro e pela fratura, possível, entre os países « ricos » do Norte e os países « pobres » do Sul. Se isso acontecer, teremos as revoluções de volta.

- Luís Amado, na VISÃO  desta semana.

Novo livro de Maria Teresa Horta


Bom dia !


Conselhos para aprendizes de feiticeiro


Dado que um historiador deve ser um feiticeiro, aqui ficam os meus conselhos para os aprendizes de feiticeiro.
 O que se deve evitar ao fazer história:

Anacronismo: tentamos apresentar soluções em função do presente, com a psicologia atual e não em função do passado; acreditar que não houve mudanças no meio-físico; julgar que as mesmas opções sempre foram válidas ao longo de todos os tempos; não atender às leis próprias de cada época.

Voluntarismo: querer demonstrar, a qualquer custo, uma teoria; inventar uma ordem para uma época; criar uma doutrina sobre o "real" para o explicar; selecionar apenas documentos (sem os interrogar) em função da doutrina ou da tese que se quer defender, ou que se criou a priori; silenciar os documentos que são contrários à logica que tentamos impor ou demonstrar.
 
Nominalismo: tentativa de esquecer (e de contemplar no trabalho, apenas o documento escrito) aquilo que não está escrito, o que não está dito, isto é, o papel dos homens e a forma como eles vivem...; por vezes o historiador encontra-se prisioneiro das suas fontes, do seu conhecimento, da sua formação, da sua falta de experiência e faz uma história sem sensibilidades, sem vida.
 
Acreditar que se conhece a verdade: crentes que conhecemos tudo queremos demonstrar esse conhecimento, criando verdades em vez de colocar dúvidas; Qualquer trabalho tem de ser honesto e na maioria das vezes é, necessariamente, incompleto e provisório; são raros os historiados que apresentam duas hipóteses de trabalho, face a uma dúvida; como são igualmente raros os historiadores que confessam terem dúvidas; que as colocam aos leitores. O historiador deve ter a consciência dos limites daquilo que acredita saber; deve esforçar-se em delimitar as zonas cinzentas, duvidosas, as margens da incerteza e tentar chegar ao que não é compreensível - ir mais além; deve interrogar constantemente. Com essas interrogações vai, ou pode ir, mais além, descobrir novos caminhos, novas fontes. Um livro de história pode pecar, não pelo que afirma, mas por aquilo que não conseguiu ousar pensar. Um livro de história deve deixar janelas abertas; pode deixar dúvidas, estados do conhecimento incompletos... que outros depois completam, confirmam ou desmentem.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O suicídio das folhas, por ficarem amarelas!

Paris, 9 de Setembro de 2013 - o suicídio das folhas

Por vezes os poetas têm o poder de dizer aquilo que todos vêem... mas não vêem, com os olhos do "coração".
Olhei para um livro de Pablo Neruda e lá estava a pergunta que me fazia falta hoje: Porque se suicidam as folhas quando se tornam amarelas?
Tinha acabado de olhar para o espelho!

Boa noite!

Humor pela manhã




Um quadro por dia



Flores de lótus, 1973, um óleo sobre tela do pintor chinês Wu Guanzhong ( 1919-2010 ) que foi vendido no passado dia 6 na Sotheby's de Hong Kong pelo equivalente a 2,8 milhões de euros. Com uma particularidade que já começa a ser quase uma excepção : foi comprada por um europeu.

Mini-livros - 22

7x5,4 cm

Festival do Pastel de Feijão de Torres Vedras


Desde sábado decorre o Festival do Pastel de Feijão em Torres Vedras.
Veja o programa em: http://www.torresvedrasemfesta.com/pasteldefeijao/

Lá fora - 177 : Colecção Nureyev


Não são peças desconhecidas, trata-se antes de tornar permanente em espaço próprio no Centre national du costume de scène em Moulins uma exposição dedicada ao maior bailarino do século passado. Não só os trajes de cena, mas também objectos pessoais ( fotografias, quadros etc ) de Nureyev que fazem parte da doação efectuada em 2008 pela Fundação Nureyev. Também estarão permanentemente expostos trajes de cena de Sylvie Guillem, Noella Pontois ou Laurent Hilaire. Esta exposição permanente foi concebida por Ezio Frigerio, cenógrafo, decorador, e grande amigo do bailarino falecido há 20 anos.

Bom dia !


Lex & cal

LÍNGUA VIVA
Nolla Hatterman, Detalhe: No Terraço, 1930
  
Lex & cal

mente
viva

língua mal
me
quer

meteoro
lógica
mente e

móvel
lote limpo com
fluência caudalosa

J.A.S. Lopito Feijóo K., Lex & Cal Doutrina. Luanda: Edições Angola, 2011, p.35

João André da Silva Feijó nasceu em Malange, estudou Direito na Universidade Agostinho Neto. Foi deputado da Assembleia da República de Angola. Este título é o seu sétimo livro de poesia.

Nolla Hatterman, No Terraço, 1930 
Stedelijk Museum, Amesterdão


Um livrinho que me chegou de Angola.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Boa noite!

A propósito da exposição em Versalhes

Lisboa: Livros Horizonte, 2003
€15,00

Romance sobre uma amizade improvável, entre Luís XIV e o seu jardineiro, André Le Nôtre. 
«Em conjunto escreveram o maior livro do mundo – mil hectares –, o romance do Sol encarnado. A única história ocidental que impressionava Quialong, o imperador da China, o criador do Jardim da Transparência Perfeita.» (Érik Orsenna)

Números



65 000

O número de portugueses, diz o Credit Suisse, com mais de um milhão de dólares.

Ora aqui está um número onde eu não me incluo.

O Botequim em livro

Acho que o Luís já aqui tinha falado deste livro que é hoje apresentado em Lisboa.

Biografias e afins


Uma autobiografia de Simone de Oliveira, com a colaboração de Patrícia Reis. O lançamento é esta quinta, às 19h, na Fnac Chiado.

Pensamento ( s )



A quem dar ouvidos ?

Só se deve passar a palavra a quem está em plena posse do delírio, pelo menos. Eis a democracia elevada e afetiva. Ou Vossa Excelência fala a partir do entusiasmo - ou se cala. O longo discurso que parte de uma situação de indiferença é uma espécie de mudez que se prolonga, mudez que exibe a sua incapacidade para comunicar verbalmente, essa impossibilidade de chegar em voz excitada ao ouvido recetivo do outro.
Escreve Adélia Prado:

« À voz apaixonada mais inclino os ouvidos. » Síntese.


- Gonçalo M.Tavares, na VISÃO.

Humor pela manhã


Do grande fotógrafo de rua Nils Jorgensen, nascido na Dinamarca mas formado e sediado no Reino Unido.

Bom dia !



Mais uma actriz que experimenta agora outros percursos.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Boa noite!

Novas Dinâmicas Migratórias Internacionais


Ao final da tarde


Leituras no Metro - 141

Lisboa: Verbo, 2013
€17,00

«O que estava arquivado como episódios negros do passado, imputados à Inquisição, à Gestapo, aos Processos de Moscovo ou a práticas de certas ditaduras, regressa agora como uma vivência contemporânea, que quase nos deixa sem palavras.
«Mas o que realmente arrepia é que o perigo nos chega agora pela mão das democracias, não de ditaduras ou regimes autocráticos. É nos países onde mais se avançou nas liberdades e nos direitos fundamentais que se forjou e desenvolveu, nos últimos 50 anos, toda a doutrina de tortura como indispensável instrumento de combate na guerra subversiva ou na guerra contra o terror e em que se aperfeiçoaram as mais modernas técnicas duma tortura limpa e científica(p. 18)
«O politicamente correto e o moralmente sofisticado parece ser aceitar a possibilidade da discussão da tortura como modo de responder a supostos males maiores.» (p. 19)
«A condenação da tortura é muito mais do que uma simples norma legal; ela sempre foi um símbolo identitário para as democracias. Aqueles que pretendem recolocar a tortura no centro de uma discussão séria sobre a sua admissibilidade esquecem-se que a sua proibição total corresponde à valorização de um arquétipo moral e jurídico, que associa a tortura ao que há de mais degradante e aoq ue mais profundamente contraria a dignidade do ser humano.» (p. 20-21)

Com amigos discuti algumas vezes se é lícito torturar em nome da liberdade, contra o terror, a propósito dos prisioneiros de Guantanamo. Para mim, não. Nunca! Como é que a Europa ignorou a passagem desses prisioneiros sobre o seu espaço aéreo?
Indignamo-nos perante os crimes da Inquisição e do Holocausto (só para dar dois exemplos dos mais referidos). E hoje? 

Números



34

O número de empresas que, por dia, pedem insolvência em Portugal.

Lá fora - 176 : O génio de Le Nôtre



2013 é o Ano Le Nôtre em França, assim se homenageando o quarto centenário do nascimento do maior paisagista francês, o criador dos jardins de Chantilly, de Sceaux, de Vaux-le-Vicomte, renovador dos de Saint Germain e de Fointainebleau, e sobretudo o arquitecto-jardineiro de Versalhes.
E em Versalhes foi inaugurada recentemente esta exposição dedicada ao conselheiro fiel de Luís XIV, um dos poucos amigos do Rei-Sol ( que sabia marcar bem as distâncias face aos seus súbditos como sabemos ). Mas aquele que foi Premier jardinier du roi, administrateur et contrôleur des bâtiments e conseiller du roi, não trabalhou só em França como muitas vezes se pensa. A verdade é que, à distância como a época e a sua posição na corte francesa impunham, foi também Le Nôtre quem desenhou para Carlos Emanuel II de Sabóia os jardins de Racconigi e para Vítor Amadeu II os jardins do Palácio Real de Turim, o parque e os jardins do Palácio de Charlottenburg para Sofia Carlota de Hanover, para Guilherme III dos Países Baixos os jardins do Palácio de Het Loo e, quando este último " acumulou " por casamento a coroa britânica, os de Windsor e de Greenwich, com a particularidade de este monarca ser o maior inimigo de Luís XIV.
Um esteta e coleccionador ( telas, bronzes, medalhas, estampas ) que provinha também ele de uma dinastia ( o seu avô, Pierre Le Nôtre, foi o criador do Jardim das Tulherias em Paris, em 1566 para Catarina de Médicis, jardim este depois renovado pelo pai de Le Nôtre e por ele próprio, subsistindo ainda hoje algumas das suas criações como mostra o circuito que está agora patente ), e que em 1693 quando se aposentou aos 80 anos teve ainda um gesto surpreendente : legou ao rei as obras mais valiosas da sua colecção, pintadas por Poussin, Lorrain e Brueghel. O resto das suas colecções, confiscadas aos seus descendentes a seguir à Revolução, está hoje no Louvre.

André Le Nôtre en perspectives. 1613-2013, até 23 de Fevereiro de 2014. Mais info : www.chateauversailles.fr

Bom dia !



E a morte inesperada de Lou Reed lembrou-me que andava para aqui evocar outra morte recente. A de António Mourão, falecido no passado dia 18. Vivia há anos na Casa do Artista, quase recluso por vontade sua pois que não suportava que o vissem diminuído como estava pela doença de Alzheimer.

Humor pela manhã


Uma situação verídica que apanhei na internet, que mostra ao mesmo tempo a incompetência de quem planeou e o tão típico desenrascanço português que resolveu o problema.

domingo, 27 de outubro de 2013

Boa noite!

Mais uma canção de Lou Reed interpretada por vários artistas.

Walk on the wild side - Lou Reed in memoriam

Em estado de choque recebi a notícia da morte deste herói da minha juventude:
Lou Reed e os Velvet Underground

Badajoz. Mil años de Libros


 
La Consejera de
Educación y Cultura
y en su nombre El Director General de
Promoción Cultural
se complacen en invitarle
al acto de inauguración de la exposición
"BADAJOZ. MIL AÑOS DE LIBROS"
actividad encuadrada en la conmemoración
"Milenio del Reino de Badajoz"
 
Biblioteca de Extremadura
Plaza Ibn Marwan, s/n
BADAJOZ




Lunes, 28 de octubre de 2013, a las 20:00 h.

Ronda dos antiquários

Capa de James Williamson 
(27 oct. 1962)

Roy Lichtenstein

Muito bem escolhida a vinheta desta semana, como já o fora a de Jean Cocteau.
E já que hoje é o dia em que Lichtenstein faria 90 anos, escolhi esta natureza morta:

Still life with pitcher and flowers
Litografia, 1974

Bom dia!

Mini-livros - 21

Hoje é dia 27. Este número foi retirado do livro abaixo: 
Valencia: Media Vaca, 2010
8x5,8 cm