Prosimetron

Prosimetron

sábado, 14 de janeiro de 2012

Boa noite!

Depois de ontem ter visto Uma semana com Marilyn.

Ainda Marilyn...

O belo post de MLV já referiu o filme My week with Marilyn. Alguns prosimetronistas viram a película ontem (eu incluíndo), e das recordações que talvez guarde, fará parte o melancólico Autumn Leaves na inesquecível voz de Nat King Cole. Enjoy!

O fim de uma carreira notável

O baixo-barítono alemão Thomas Quasthoff anunciou o fim da sua carreira artística na passada quarta-feira. “Decidi retirar-me da vida pública de cantor ao fim de quase 40 anos, pois a minha saúde já não me permite satisfazer a exigência que sempre impus a mim próprio e à arte em geral”, adiantou o artista de 52 anos. Quasthoff é um dos intérpretes mais conceituados da actualidade. Cantou com as grandes orquestras do mundo, entre elas, a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque, Berlim, Viena e de Londres, e trabalhou ao lado de Claudio Abbado, Daniel Barenboim, Bernard Haitink, Kurt Masur, Sir Simon Rattle, ou Christian Thielemann. Marcou presença em todas as grandes salas de concerto (Gulbenkian em 2005), bem como nos principais festivais de música clássica.
Nascido em Hildesheim (Baixa-Saxónia) em 1959, é uma das milhares de vítimas do maior escândalo de medicina do pós-guerra na Alemanha, provocado pelo sedativo Thalidomide, receituado a mulheres grávidas no final dos anos 50, que causou cerca de 10.000 mal formações congénitas. Quasthoff costuma autodescrever-se assim: "Tenho 1,34 m de altura, braços curtos, sete dedos - quatro na mão direita, três na mão esquerda. Cabeça grande, relativamente bem constituída, olhos castanhos, lábios destacados. Profissão: cantor. "
Devido à sua deficiência física, recusou convites para interpretações operáticas em palco durante vários anos. Em Março de 2003, estreou-se no papel de Don Fernando em Fidelio de Beethoven em Salzburgo. Em Viena, deslumbrou críticos e público como Amfortas em Parsifal em 2004.
Termina assim uma carreira única e exemplar. Clemens Hellsberg da Orquestra Filarmónica de Viena expressou o respeito por Quasthoff ao considerá-lo “uma personalidade artística extraordinária”. Segundo Hellsberg, a decisão do baixo-barítono representa uma perda para todo o mundo da música.
Contudo, Quasthoff continua activo: mantém o seu cargo de professor na Academia de Música de Detmold no norte de Alemanha e tenciona dedicar-se a jovens talentos.

Como sugestão para o fim deste serão, segue a voz de Quasthoff num registo pouco habitual, ao interpretar Moon River.

Onde se come o melhor pastel de nata

Em resposta à nossa MR, o melhor pastel de nata come-se na Chique de Belém (Rua da Junqueira, 524, Lisboa), a vencedora do concurso destinado a esta iguaria, integrado no Festival do Peixe realizado em Abril último. A Pastelaria Cristal (também na capital) e a Pastelaria Alcoa, em Alcobaça, ficaram em 2º e 3º lugares, respectivamente.

Mini-livros - 3

Uma edição de 3000 exemplares da Cotovia, em maio de 2003. O livro tem 11,5 cm de altura.

Matisse e a dança

Matisse - Dança
Óleo sobre tela, 1909
Nova Iorque, Museum of Modern Art

Matisse - Dança
Óleo sobre tela, 1910
São Petersburgo, Hermitage

«Un ballet, c'est un tableau dont les couleurs se déplacent.»
Henri Matisse

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Boa noite!

Esta música já aqui andou pelo blogue, noutra interpretação. Não sabia que Gilberto Gil a cantava. Veio num CD que um amigo me enviou do Brasil.

Quase na hora de...


Não vou dizer o que vou jantar, nem onde, mas sim mostrar um livro de receitas com inspiração histórica. Falo do livro de Florian Hugo, tetraneto do grande escritor e prestigiado chef ( formação francesa com Alain Ducasse, vida profissional em Paris e há vários anos em Nova Iorque, na Brasserie Cognac na Broadway ), que acaba de publicar este conjunto de receitas inspiradas no seu famoso antepassado, mas bem mais ligeiras. O livro tem, além das receitas, desenhos de Victor Hugo, excertos das suas obras e escritos dos seus próximos relacionados com gastronomia e refeições memoráveis.

Les Contemplations gourmandes, Florian V.Hugo, Michel Lafon, 176p, €27.

Números - 79


511

quilogramas, é a quantidade de lixo, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, produzido por cada português durante o ano de 2011. Um valor que está acima da média fixada para Portugal, mas abaixo da média europeia.

Ao final da tarde... - 30 : Lindisfarne

A música une o mundo

Ode

Turner - La Plage de Calais, à marée basse, des poissardes récoltant des appâts
Óleo sobre tela, 1830
Bury Art Gallery and Museum


Não receies nenhum dia.
O tempo é uma praia infinita que é sempre visível de uma espécie mar.
Nós somos as ondas. Nós é que levamos
aos dias, o bem ou o mal.

Alberto de Lacerda

O cómico de serviço



MLV, onde se come o melhor pastel de nata?

Frase da semana ( que passou )


Não tenho tido sorte em encontrar um amor.

- Alexandra Lencastre, ao Jornal de Notícias.

A prova provada de que a beleza, e o talento, não chegam para a satisfação integral.

Em português - 141 : Paula Fernandes



Uma das novas vozes brasileiras.

Biografias, autobiografias e afins - 126


A primeira autobiografia da grande actriz Diane Keaton, dela constando a sua carreira na Sétima Arte, as suas relações amorosas com Woody Allen, Warren Beatty e Al Pacino, mas também a luta contra a bulimia , o declínio e morte da sua mãe devido à doença de Alzheimer, e as dificuldades de ser mãe ( adoptiva ) já na casa dos 50.

Humor pela manhã... - 83

(...) Eis uma definição que ajuda a compreender a austeridade: os portugueses não devem deixar-se dominar por aquilo que agrada aos sentidos ( por exemplo: três refeições diárias ), nem pelo que deleita a concupiscência ( e sabemos todos quão concuspicente pode ser o desejo de viver em casas com energia eléctrica e água canalizada). Nomear a austeridade não nos permite dominá-la, mas ajuda-nos a saber aquilo que não devemos deixar que nos domine. Já é qualquer coisa.

- Ricardo Araújo Pereira, in Só uma palavrinha, na Visão, p.98.

O ícone sexual e um clássico da literatura


Marilyn Monroe concentrada na leitura de "Ulisses" de James Joyce, durante a rodagem do filme "O Príncipe e a Corista" (1957). As imagens foram captadas por Eve Arnold, a primeira fotógrafa a integrar a agência Magnum que faleceu no passado dia 4, em Londres, com 99 anos. No mesmo mês em que se estreia "A Minha Semana com Marilyn", a recordar as atribuladas filmagens daquela comédia romântica que acabou por se revelar um fracasso de bilheteira, mas onde MM sai ilibada pelo brilho e sedução que emprestou ao filme original.
Hoje alguns prosimetronistas também vão ficar a saber como foram aqueles dois meses de conflitos entre Monroe e Olivier em "A Minha Semana com Marilyn".

Esta noite

Rose Repetto

Rose Repetto, fundadora da casa Repetto, era mãe do bailarino e coreógrafo Roland Petit que a evoca nas suas memórias (J’ai dansé sur les flots. Paris: Bernard Grasset, 1993, p. 69-70):

«1900-1982
«Née à Cannes d’un père génois et d’une mère piémontaise, Rose Repetto épouse Petit, devint vite une vraie Parisienne.
«Derriére la caísse du café "Les Pingouins", tout en haut de la rue des Martyrs, elle voyait défiler le tout-Montmartre.
«Quelques années plus tard, elle faisait vivre le bar du "Massif Central", aux Halles, pendant que son époux Edmond, maître queux, créait des plats succulents dans sa cuisine. Quand je vous dis faisait vivre le bar, j’entreds servait les clients, créait un climat de gaieté chaleureuse, assommait un intrus qui voulait lui dérober sa caísse, et élevait en même temps ses deux fils Roland et Claude.
«Quelque temps plus tard, Roland partit pour l’Opéra et Claude faire ses études.
«Rose quitta Edmond qui, fou de jalousie, la tourturait du matin jusqu’au soir.
«Elle reprit son nom de jeune fille et alla dans la Morvan où elle ouvrit une fabrique de charbon de bois qui lui servait de couverture pendant la guerre, car Rose était entrée dans la Résistance. Elle se rendait utile en servant de messager cycliste pour aider les soldats parachutés dans les clairières des forêts avoisinantes.
«La guerre finie, Rose se trouvait désemparée. Je venais de mon côté de quitter l’Opéra avec armes et bagages, pour fonder les Ballets des Champs-Elysées et partir en tournée. Je laissais donc mon studio à ma mère, 12 rue de la Paix, au sixième étage sans ascenseur. Rose, sur les conseils du peintre Christian Bérard, y ouvrit un magasin d’articles de danse sous son nom de jeune fille, "Repetto". Elle repartit de zéro, ne tarda pas à conquérir les danseurs et les artistes qui les entouraient.
«Rose aimait les gens de talent, elle les aidait. Les autres, elle les aidait aussi.
«Tout le monde aimait Madame Repetto.»
Em 2 de outubro de 1987, Roland Petit vendeu a Repetto.


Anúncio de 1949.

Brigitte Bardot com umas sapatilhas Cendrillon, criadas por Rose Repetto para o filme E Deus criou a mulher.

Para saber mais sobre a casa Repetto, ver: http://www.repetto.com/boutique/home

A Repetto é representada em Portugal pela Cool De Sac, Rua D. Pedro V, 56,Lisboa.

Fleur

Para MR:

"Une petite fleur"!


Hibisco amarelo no jardim do Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, 2011

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Os meus franceses - 175

Uma canção de Sidney Bechet.

No Porto

Últimos dias para ver esta exposição patente no Clube Literário do Porto


Já conhecem a Palavra de viajante?

Uma livraria especializada em viagens, e são muitos os livros, guias, mapas, relatos e narrativas de viagens. E tem também um simpático espaço de café.

Rua de S.Bento, 30, Lisboa. Telef : 211 956 340, Horário : 10h-19h ( terça a quinta ), 10h-20h30 ( sexta e sábado ).

Biografias, autobiografias e afins - 125

As vidas de 25 musas, que inspiraram e perturbaram grandes criadores do século passado. De Alma Mahler, que aos 17 anos seduziu Klimt, a Giulietta Masina que se tornou indispensável a Fellini, passando por Marlene Dietrich, que fascinou von Sternberg e depois o mundo, Nancy Cunard, que foi musa poética de Aragon, ou Lee Miller que tanto fez sofrer Man Ray.

Muses, elles ont conquis les coeurs, Farid Abdelouahab, Arthaud, €40.

Ao final da tarde... - 29 : You Can't Win Charlie Brown



Pode não parecer, mas são tugas e já com projecção internacional.

Citações - 213


(...) Quando se teve e se perdeu, a falta de amor é estar sozinho no sofá a mudar constantemente de canal, a ver cenas soltas de séries e filmes e, logo a seguir, a mudar de canal por não ter com quem comentá-las. Ou, pior, ainda, é andar ao frio, atravessar a chuva, apenas porque se quer fugir daquele sofá.
E os amigos, quando sabem, nâo se surpreendem. Reagem como se soubessem desde sempre que tudo ia acabar assim. Ofendem a nossa memória.
Nós acreditávamos.
Havemos de engordar juntos, esse era o nosso sonho. Há alguns anos, depois de perder um sonho assim, pensaria que me restava continuar magro. Agora, neste tempo, acredito que me resta engordar sozinho.

- José Luís Peixoto, in Amor burguês, na Visão, p.12.

Auto-retrato(s) - 151

Everett Shinn (1876-1953) - Auto-retrato
Pastel sobre papel, 1901
National Portrait Gallery, Smithsonian Institution

Leituras no Metro - 79

«Aqueles que sonham de dia sabem muitas coisas que ignoram os que só sonham à noite.»
Edgar Allan Poe

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Boa noite!

Gosto desta canção, ou não fosse ela desta dupla tribalista.
«Eles sabem o preço de tudo e o valor de nada.»
Oscar Wilde

Citado por Paul Kemp, o protagonista de Diário a rum, comentando o comportamento de certos empresários.

perguntas lançadas ao vento

"tantas perguntas
lançadas ao vento, o pensamento...
será que os deuses terão respostas?"
                                             
Encontrei este fragmento de um poema, está copiado numa folha de papel. Onde o terei roubado?
Mas é bonito e aqui fica.

Vai um rum?

Como gosto muito de Johnny Depp, vou ver este filme, embora não dê muito por ele.
E já agora vai um rum em Porto Rico?
Destes rótulos só me lembro do Negrita e do Vieux Rum da Jamaica. Agora costumo comprar um cubano que uso principalmente em certos bolos e nas maçãs assadas.

Frutas - 74

Edward Hopper - Tables for ladies, 1930
Nova Iorque, The Metropolitan Museum of Art

Ilustrarte 2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Boa noite!

Catálogo do Museu Guggenheim em formato ebook

Georges Seurat, Peasant Woman Seated in the Grass, 1883


Oil on canvas, 38.1 x 46.2 cm,Guggenheim Museum, New York




Museu Guggenheim vai passar a disponibilizar o catálogo das suas exposições em formato ebook


«Os catálogos de exposições, assim como os livros de arte, são um dos géneros que mais terão a ganhar com o formato ebook, tanto no formato tradicional como no enhanced. Com os custos de impressão e do papel, que são uma fatia de importante nos livros de arte ilustrados, reduzidos a zero, a qualidade das imagens garantida pela cada vez melhor resolução dos ecrãs e a facilidade de aquisição a partir de qualquer local, os ebooks de arte poderão de forma fácil levar a arte e os artistas a novos públicos. Por exemplo, o catálogo de Cattelan, que em papel (256 páginas) custa 50 dólares, na versão ebook fica por menos de metade (19,99). »


Retirado daqui

La Finestra


No sítio onde em tempos esteve o Café Creme, de saudosa memória, está desde há meses o restaurante La Finestra, que pertence ao Luca, da Travessa Henrique Cardoso.
Há dias fui até lá. As pizzas escolhidas - La Finestra, Calabria, Rimini e San Marino - e os Rondelli estavam óptimos. Bebidas: chá frio e Dolce peccato (prosecco com granizado de fruta) de morango. Nos doces, optámos por cassata, torta Luca e pizza de chocolate. Tudo bom. Mais um italiano para variar, com a mesma qualidade do Luca.
Av. Conde de Valbom, 52-A
Lisboa

Ano Novo, Vida Nova!


Divertido e descontraído, passa-se na véspera de Ano Novo em Nova Iorque, num cruzamento de várias histórias. Um filme cheio de estrelas: Greg Kinnear, Halle Berry, Hilary Swank, Jon Bon Jovi, Michelle Pfeiffer, Sarah Jessica Parker e Robert De Niro.
Foi o meu fim de tarde de ontem.

«E o que é o Ano Novo? Esperança e uma grande festa.»

Ao final da tarde... - 28



Luísa Sobral e o seu Xico.

Agendas - 2

Trago hoje as agendas publicadas pela Assírio & Alvim. Para além do já tradicional Poemário - que já usei - e do Culinário - com menos anos de existência - há o Diário.


A tília, embora a tremer de frio sob a chuva, oferece ainda aos pardais o abrigo da sua folhagem.


Christian Bobin
(Ressuscitar, Coimbra, ed. Tenacitas, 2006, p. 113)

Assim me sinto eu.

saudades

na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.

José Luís Peixoto (1974-....)

(Cem poemas portugueses do adeus e da saudade, sel. org. e introd. de José Fanha e José Jorge Letria, Lisboa, Terramar, 2002, p. 251)

Sim, mas o lugar está vazio...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Boa noite!

Jean-François Raffaëlli (1850-1924) - Les buveurs d'absinthe (Les Déclassés)
Col. particular