Prosimetron

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sábado, 18 de junho de 2011

Na Avenida

Tirei esta hoje de manhã, na Avenida da Liberdade que estava irreconhecível. Adorei a mistura de cheiros: fruta, ervas aromáticas etc.

Novo livro de Paulo Castilho


«Uma história divertida, cheia de diálogos animados sobre a actual situação portuguesa e que se passa entre Lisboa, o Alentejo e o Douro entre gente da classe média com mais ou menos recursos económicos. Uma sátira aos tempos em que vivemos, protagonizada por mulheres jovens, com os seus dramas: carreira profissional, casamentos falhados, ligações esporádicas e todas as suas dúvidas, certezas e incoerências.» (Da nota distribuída pela editora)

Como costumo gostar dos livros de Paulo Castilho, vou ler este.

Jorge Semprún (1923-2011)

Só ontem soube da morte de Jorge Semprún, ocorrida no dia 7 em Paris. Fiquei chocada porque, para além de ser um escritor e um homem que eu apreciava, fui ver uma exposição em Paris, Archives de la vie littéraire sous l'Occupation, e lembrei-me dele.
Jorge Semprun Maura  nasceu em Madrid. A sua família republicana (era sobrinho de Miguel Maura) exila-se em França, em 1937. Em 1941, adere à Résistance des Francs Tireurs et Partisans e, no ano seguinte, ao Partido Comunista Espanhol. Em 1943 é preso pela Gestapo e enviado para Buchenwald, regressando a Paris em 1945.
A partir de 1953 coordena as actividades clandestinas do PCE no exílio, integrando as suas comissões central e política.
Entre 1957 e 1962, anima o trabalho clandestino do PCE em Espanha, sob o pseudónimo de Frederico Sánchez, experiência que relatará no seu livro Aubiografia de Federico Sánchez.
Publica A grande viagem, um romance autobiográfico, que recebe o prémio Formentor, em 1963. No ano seguinte sai do PCE por divergências, consagrando-se então à escrita.
Em 1969, recebe o prémio Femina por A segunda morte de Ramon Mercader, uma biografia do assassino de Trotsky.
Entre 1988 e 1991 foi ministro da Cultura, em Espanha.
Em 1994 recebe o Prémio da Paz dos editores e livreiros alemães.
A escrita ou a vida, reordações, recebe o prémio Fémina Vacaresco 1994 e o Prix Littéraire des Droits de l'Homme 1995, bem como o prémio da cidade de Weimar e o prémio Nonino (Itália) em 1999.
Eleito para a Academia Goncourt em 1996.
(Só referi os livros de Semprún que li.)

Para APS

Pormenor de um vitral da igreja de Saint-Étienne-du-Mont (Paris).

Os meus franceses - 141


Lény Escudero (1932-), um cantor que já não ouvia há muito.

Leituras no Metro - 61

Paris: Gallimard, 2011. (Découvertes; 571)
€13,20

«Cela paraît une boutade: mais je cherche à gagner le moins d'argent possible... un peu parce que je crois que l'artiste n'a pas besoin de se sentir en trop confortable sécurité.Ensuite, parce que je crains l'argent. Ça change les gens. Comme la gloire, l'argent peut pourrir. Il ne faut pas perdre le sens commun des choses. Les réalités quotidiennes des personnes qui tous les matins se rendent à leur travail, n'ont que de petits salaires, ne doivent pas nous échapper. Sinon, un divorce se fait. Qui n'est profitable à personne.» (Georges Brassens a André Sève, 1975)

Brassens ajudava os seus amigos (comprou casas a vários deles) e até desconhecidos. Um dia à saída de um concerto, um homem dirigiu-se-lhe: «Je sors de prison, si vous m'aidez peut-être pourrai-je redémarrer dans la vie.» Brassens colocou-lhe algumas notas na mão. Uns anos mais tarde, um homem dirige-se-lhe: «Je suis celui que vous avez aidé quand il sortait de prison. Je viens vous rendre l'argent que vous m'avez prêté.» «Gardez votre argent - respondeu Brassens - votre atitude et votre réussite me récompenssent pleinement.» (p. 70-71)

Elegâncias - 57


Paris, Saint Germain

Citações - 172


(...) alguns aspetos da vida privada mudaram mais nos últimos 50 anos do que desde a Idade Média.

- José Mattoso, em entrevista à VISÃO.

Um quadro por dia - 180

Neste Dia Nacional do Médico, um dos retratos que Columbano fez dos professores da Escola Médico-Cirúrgica, datado de 1906 e que integra a colecção de pintura da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Em português - 115



O brasileiro José Miguel Wisnik. Bom dia!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Para HMJ

Pormenor de um vitral de Saint-Étienne-du-Mont, a propósito da sua Linhagens 10:(http://arpose.blogspot.com/2011/06/linhagens-10.html)

Coisas do Direito (hors-série)

Para refrigério das almas mais inquietas, recomenda-se a leitura do recente Decreto-Lei n.º 70/2011, de 16 de Junho, disponível em

http://dre.pt/pdf1sdip/2011/06/11500/0319003198.pdf

Superam-se destarte quaisquer dúvidas sobre a hipotética pretensão do Senhor Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos em tomar lugar na secção V da Câmara Corporativa e varre-se, finalmente!, o já desactualizado programa do I Governo Provisório e a sua orgânica, que tanto tolhiam o País; igualmente, cessa qualquer possibilidade de se defender para o Ministério da Coordenação Interterritorial o levantamento, no das Finanças, dos cem mil contos em 1974 prometidos (peanuts, nos dias que correm). E desaparece a autonomia alargada das Universidades de Luanda e Lourenço Marques.

Para alívio dos novos ministros, fica igualmente clarificado que os delegados da Junta de Salvação Nacional não podem praticar actos da competência daqueles. Para evitar qualquer vaga de saneamentos, também se declara solenemente não poder hoje a Junta de Salvação Nacional suspender, posto que temporariamente, qualquer “servidor do Estado”.

E a Lei Mental, já foi revogada? Em Diário da República, digo eu.

Um com o café?

Estes, chocolate e cereja, eram deliciosos.
Côte de France, chocolatier
Paris, Avenue Mozart, 3

Números - 55

271

É este o número de praias portugueses que mereceram este ano a Bandeira Azul, verdadeiro selo de qualidade balnear, e é um número que tem vindo a aumentar de ano para ano.

Dessert

Agora que os nossos "exilados" regressaram à Pátria, já posso mostrar, sem problemas de consciência ( açúcar no sangue e outras maleitas ), uma das sobremesas que deram a Yann Brys, o chef pâtissier da Dalloyau de Paris, o título de melhor pasteleiro francês de 2011: trata-se de uma Religieuse de Rêve a pensar no Verão- glacée aux fruits rouges.

Dalloyau, rue du Faubourg Saint-Honoré, 101, Paris.

Em português - 114 : Diego Armés

Cinenovidades - 189 : Trust



Vi-o há dias e recomendo. Não é tema que não tenha sido já tratado no cinema e na televisão, mas aqui é abordado de uma forma tocante ( e complexa ) e com desempenhos notáveis. Um perigo contemporâneo...

Humor pela manhã... - 24

(...) E não podemos deixar de sentir que Sócrates não vai para França para nos esquecer. Na verdade, Sócrates já nos esqueceu. E, ao contrário da generalidade dos emigrantes, Sócrates não parte em busca de melhores condições de vida. José Sócrates não vai emigrar para fugir de José Sócrates-até porque, em princípio, José Sócrates vai com José Sócrates. Sócrates vai emigrar para fugir de nós. Alguém que lhe apreenda o passaporte, por favor. Era o que faltava. Obriguem-no a aguentar as medidas da troika até ao fim. Só pode sair do País quando o memorando estiver cumprido.

Ricardo Araújo Pereira, Sabes do Sócrates? Parece que está ótimo, na Visão desta semana.

17 de Junho de 1953


A primeira revolta do pós-guerra contra o regime comunista de Moscovo ocorreu na Alemanha Oriental a 17 de Junho de 1953. Antes dos acontecimentos na Hungria em 1956 e na Checoslováquia em 1968, os alemães orientais insurgiram-se contra as tropas soviéticas instaladas no seu território. O abastecimento de alimentos e combustíveis deteriorara-se desde meados de 1952, devido ao fracasso da política de plano comunista. As represálias violentas contra dissidentes, bem como o anúncio de Moscovo de reforçar ainda mais a segurança, incentivaram então milhares de alemães a manifestar-se em público contra o regime em Berlim Leste. Greves, manifestações e tumultos estenderam-se por 700 localidades. Mais de um milhão de alemães participou nesta revolta, ocupando edifícios públicos e libertando presos políticos. A resposta soviética não se fez esperar. A administração militar soviética declarou o estado de sítio, tropas do exército vermelho actuaram sem escrúpulos: 60 a 80 pessoas perderam a vida durante os confrontos; cerca de 10.000 foram presas, 20 condenadas à morte, mais de 2000 a prisão. O dia 17 de Junho viria a ser declarado feriado nacional na Alemanha Ocidental um ano depois como dia da “União Alemã”, em homenagem às vítimas na RDA. Em 1990, foi substituído pelo dia 3 de Outubro, dia oficial da reunificação.

Em Écouen

Uns moranguinhos silvestres. Também os havia em Chantilly - hei-de colocá-los. 
Écouen, 11 Jun. 2011

Atkinsons

A English Lavender foi criada em 1799 por James Atkinsons, o qual se tornou o perfumista oficial da Casa Real Britânica.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Os meus franceses - 141


Monique Morelli (1923-1993)
Boa noite!
Se vísse um postal com estas cores, diria que tinha sido trabalhado.
Lisboa, 14 Jun. 2011, 21h44

Elegâncias - 56

Paris, Paul & Joe, €550,00

O esplendor de uma década



Já disponível nas livrarias portuguesas, “Stars and cars of the '50s”da editora teNeues convida-nos a uma viagem aos anos 50 do século passado: celebridades e viaturas dessa década, captadas em fotografias por Edward Quinn, preenchem este livro de 256 páginas. Revemos a Côte d’Azur na maioria das imagens, evidenciando que os tempos áureos desta bela costa pertencem a uma época já longínqua. Nem o casamento de Príncipe Alberto, a realizar-se em breve, poderá retomar o esplendor de outros tempos.
Algumas fotografias datam dos anos 60 (ao contrário do que o título anuncia). A imagem com Alain Delon e Jane Fonda é de 1964.

copyright Edward Quinn

Banho e toilete


Há muito tempo que queria colocar estes três quadros - que já andaram aqui pelo blogue, em separado - juntos. 
Anónimo a partir de François Clouet? - La dame à sa toilette
Óleo sobre madeira, ca 1560
Dijon, Musée des Beaux-Arts
Gabrielle d'Estrées au bain
Óleo sobre tela, século XVII
Chantilly, Musée Condé 
Portrait presumé de Gabrielle d'Estrées et de sa souer la duchesse de Villars (pormenor), Escola de Fontainebleau
Óleo sobre madeira, ca 1594
Paris, Musée du Louvre

Hortenses

Hortenses no Jardins do Ranelagh, junto ao Museu Marmottan Monet.

4711

 França, s.d.
Inglaterra, ca  1920
 Inglaterra, ca 1928
Inglaterra, ca 1928
Em 1794 Mülhens adquiriu uma casa na Glockengasse, em Colónia. Aquando da ocupação da cidade pelas tropas napoleónicas, foi ordenada, para maior controle, a numeração das casas dessa rua, tendo sido atribuído o n.º 4711 ao edifício da pequena fábrica da água milagrosa. Quando, porém, em 1810, Napoleão ordenou a revelação de todas as receitas de remédios, o fabricante alemão decidiu que não fabricaria mais a tal água milagrosa, mas sim água de cheiro, usada, inicialmente, por oficiais franceses para se refrescarem. Surgia assim a marca Kölnish Wasser 4711 (a legítima Água de Colónia), que seria registada oficialmente em 1845.
Ver mais em: http://mundodasmarcas.blogspot.com/2010/06/kolnisch-wasser-4711.html

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Os meus franceses - 140

Um artista genial!
«C'est un pêché mortel de ne pas écouter Brassens. On peut ne pas l'aimer. On ne peut pas ne pas l'essayer.» (Jacques Brel)

A Arte é emoção!

Onde é que gostava de estar? Em Roma, porque andei a ler uns artigos sobre Bernini!

Gian Lorenzo Bernini - Alma Danada, 1619




Embaixada de Espanha, Palazzo di Spagna, Rome




«A. de C. (?) ou L. do D. (ou outra coisa qualquer)»

A arte é um esquivar-se a agir, ou a viver. A arte é a expressão intelectual da emoção, distinta da vida, que é a expressão volitiva da emoção. O que não temos, ou não ousamos, ou não conseguimos, podemos possuí-lo em sonho, e é com esse sonho que fazemos arte. Outras vezes a emoção é a tal ponto forte que, embora reduzida a acção, a acção, a que se reduziu, não a satisfaz; com a emoção que sobra, que ficou inexpressa na vida, se forma a obra de arte. Assim, há dois tipos de artista: o que exprime o que não tem e o que exprime o que sobrou do que teve.
s.d.

Bernardo Soares, (Fernando Pessoa) Livro do Desassossego, Vol.II. (Organização e transcrição de inéditos de Teresa Sobral Cunha.) Lisboa: Presença, 1990, 500.

O peso dos livros

Esta simpática livraria, que foi buscar o seu nome a um livro muito apreciado pelos prosimetronistas - Le Petit Prince -, fica no Boulevard Saint Michel, frente ao Luxemburgo, e foi uma descoberta (e perdição) recente.
Agora vejam, em baixo, o estado do pavimento, visível quando as padiolas estão recolhidas.
Para Jad que reparou nos buracos feitos no pavimento. :)

Boa tarde!


Selah Sue, uma belga nascida há 22 anos.

Viagem de sabores

"... uma viagem que teve início na India, em particular na região do Gujarat, seguiu-se a passagem por Moçambique e por fim a chegada a Lisboa. É como que a viagem de regresso de Vasco da Gama." Através de vários sabores foi este o percurso que fizémos ontem ao jantar. Eu e outro prosimetronista, a convite de um amigo comum que de passagem por Lisboa nos desafiou para bons momentos de conversa à mesa, num encontro com as culturas indiana, árabe, moçambicana e portuguesa. Da ementa constaram como pratos principais o caril de camarão, frango com castanha de cajú e beringela com outros vegetais. Tudo acompanhado com cerveja indiana Cobra. O cenário desta "viagem" foi o restaurante Zaafran, no Largo D. Estefânia, 9, que recomendamos vivamente.

Um quadro por dia - 179

Caspar David Friedrich, Homem e mulher contemplando a Lua, 1830-35, óleo sobre tela, Alte Nationalgalerie, Berlim.

Porque hoje temos direito a eclipse lunar total, com boa visibilidade em Portugal. O próximo é só em Dezembro.

Escritos do exílio

Neste último dia de "Exílio" fomos ver um pequeno museu que não conhecia: Musée Marmottan Monet. Gostei bastante. E foram tantas as peças de mobiliário e decoração (estilo Império), quadros (séc. XIX), iluminuras (séc.s XIII a XVI) e pintura do século XV que me ficaram na retina que foi com dificuldade que escolhi duas.


Jules Cheret (1836-1932)
La Parisienne, 1891

Inv. 5113

Uma oferta do autor a Claude Monet













Claude Monet   (1840-1926)
Impression, Soleil Levant, 1873

O quadro que deu origem ao Impressionismo.

O original tem umas cores... uma luz... que encantam e são difíceis de reproduzir

terça-feira, 14 de junho de 2011

Os meus franceses - 139

Paris: Don Quichotte, 2011
€19,00

Em 1994 tinha saído na Hachette uma primeira versão deste livro, de conversas com Sophie Delassein, jornalista do Nouvel Observateur, autora de outras biografias, como Barbara, une vie e Aimez-vous Sagan. Né quelque part, obra em grande parte inédita, é agora escrita na primeira pessoa.
Maxime Le Forestier iniciou a sua carreira musical nos anos 60 do século passado, ajudado por Georges Brassens e Georges Moustaki. O seu primeiro grande êxito foi «Né quelque part», canção que se transformou num hino anti-racista.

Frase da semana ( que passou )


Uma sociedade mais equitativa é uma condição necessária para o desenvolvimento económico. ( entrevista à VISÃO )

Uma frase de Carlos Farinha Rodrigues, professor do ISEG, que importará ter em conta no novo ciclo político.