Prosimetron

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sábado, 18 de abril de 2009

As Violetas Imperiais

No seguimento do post do Jad.



O primeiro cartaz é da autoria de Jacques Bonneaud.

Desafios...

Enviaram-me esta imagem integrada num conjunto de imagens que são verdadeiros desafios. Elas não estão assinadas, são da Internet e do lado esquerdo, ao fundo, tem as iniciais A.N.

Desafie o seu olhar

Quantas pessoas conseguiu encontrar?

As 7 Maravilhas de Origem Portuguesa

- Centro histórico de Malaca

Desde quinta-feira que já se pode votar para eleger as 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo de um conjunto de 27 propostas. O primeiro a votar foi o Homem Invisível, perdão o Ministro da Cultura, Dr. Pinto Ribeiro. Os resultados serão divulgados a 10 de Junho.

Informações em http:/www.7maravilhas.pt

No Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

Queria ilustrar fotograficamente este dia, e fazê-lo com um monumento português. Optei pelo Mosteiro da Batalha, ou de Santa Maria da Vitória. Razões várias: a ligação à manutenção da nossa independência, a minha admiração pela Dinastia de Avis, especialmente a Ínclita Geração, e o facto que não é de somenos de ser um belo exemplo do gótico flamejante.

Vi e gostei


Terno e encantador!

L'amour est un bouquet de violettes

Francis López, compositor francês, foi o autor de muitas das mais famosas operetas francesas do século XX.
Uma delas foi adaptada a filme Violetas imperiales (1952, por Richard Pottier).
Não me parece que seja um ramo de violetas o que a menina dá ao Poeta... mas fica o poético da situação.

Luis Mariano

SONHO


Desenho de Júlio, da série Poeta.

A tua cara na minha
e eu a ouvir-te falar,
como um longo ecoar,
como um fundo devir…

Como um vago sorrir
após muito ansiar…
Já basta de sonhar,
são quase horas de acordar!

Saul Dias
In: Obra poética. 2.ª ed. aumentada. Porto: Brasília, 1980, p. 235

Há muito tempo que não lia Saul Dias. Ontem, depois de ter lido uma notícia no jornal, resolvi pegar no livro. Escolhi este poema e um desenho dele.

A política para a droga

Nestes tempos de crise económica, Freeports e BPN, parece que não há tempo nem interesse para falar de droga. Até porque com a despenalização do consumo verificada há uns anos atrás ficou aliviada a consciência de muita gente e o tema deixou de pesar. Mas a verdade é que continua a ser um flagelo, especialmente para as famílias. E embora tenhamos substâncias mais " limpas" a crescer na preferência dos jovens como o ecstasy, que não envolve seringas nem sangues e etc, a verdade é que os riscos para a saúde de quem consome às vezes até são mais agudos do que uma dose de heroína ou cocaína. Foi por isso que li ontem com muito interesse o artigo de Campos e Cunha no Público, de que vos deixo um excerto:

" (...) Como pai e como cidadão, fico aterrado: não conseguiria ( mesmo que quisesse ) estar o dia inteiro atrás de cada filho para evitar a visita do angariador de novos clientes. E estes angariadores são a praga que não se consegue banir nem evitar. O angariador, oportunista da fraqueza de um filho nosso, estará à espreita e pode ganhar a batalha: toda a responsabilidade em dizer não está no nosso filho. Demasiada responsabilidade para uma criança em crise e todas passam por momentos de crise. Por outro lado, a guerra à droga por mecanismos tradicionais abriu falência. Para quem ainda tenha dúvidas veja o filme Traffic, para ilustração do que se passa. As cadeias estão cheias mas a ilusão é total.

Os recursos policiais ( e mesmo militares ) e os custos financeiros no combate ao tráfico de droga são astronómicos mas nada quando comparados com os recursos dos carteis da droga. Ainda assim, valeria a pena se a guerra estivesse a ser ganha; infelizmente, não é o caso. E aí está o problema. Sempre que há sucessos no combate ao tráfico de droga, o preço da droga sobe no retalho, ou seja nas ruas, o que naturalmente aumenta a taxa de lucro dos passadores e traficantes de droga, incentivando ainda mais o comércio da droga. As vitórias na repressão à droga contêm em si a sua própria destruição: fazem aumentar a taxa de lucro do tráfico.

Uma política alternativa tem de ser pensada, discutida por todos: psicólogos, médicos, economistas, especialistas da droga e, naturalmente, políticos. São estes que têm que decidir. Há riscos que têm de ser avaliados, sem populismos, sem assustar as pessoas, sem demagogias. Lembro-me que o populismo foi tremendo, quando deixou de ser crime o consumo ( apenas o consumo ) da droga. Ou seja, a toxicodependência deixou de ser crime para ser uma doença. Hoje, ( veja-se o Finantial Times do dia 13 de Abril ) Portugal é citado como um exemplo a seguir.

Avalie-se, também, o exemplo suiço, em que a droga deixou de ser comprada na rua, para ser adquirida na farmácia com receita médica. Poupam-se milhões que podem ser canalizados para a recuperação dos toxicodependentes que estejam dispostos a tal. Deixa-se o passador sem negócio porque quem de facto precisa dela pode adquiri-la na farmácia, sem misturas mortais e sem seringas infectadas. Mais, deixa de haver o angariador toxicodependente porque não necessita de clientes porque pode obter a droga na farmácia. E se contaminasse mais um colega ele não ganharia nada com isso, ninguém lhe quereria comprar nada no futuro. A profissão desapareceria. Mas, acima de tudo, levávamos à ruína os cartéis da droga que financiam o terrorismo na América do Sul, o terrorismo dos radicais do Afeganistão e o terrorismo nas nossas famílias. Matamos o mal onde ele está.

Um especialista em droga, doutorado numa boa universidade americana, dizia-me que, com o processo das mãos-limpas em Itália, descobriu-se que a máfia financiava campanhas contra a despenalização do comércio da droga. Pessoas bem intencionadas e que pensavam estar a combater a máfia da droga estavam ingenuamente e apenas a assegurar-lhe um futuro próspero.

E temos de repensar a abordagem do combate à droga enquanto as instituições não estejam contaminadas, pois o tráfico de droga corrompe a polícia, a justiça e o sistema político. Amanhã pode ser tarde demais. "

- Luís Campos e Cunha, Droga de leis, no PÚBLICO de ontem.

A fragilidade das flores e Brel!

As papoilas são as flores mais frágeis que conheço. Não gostam de ser apanhadas e com um pequeno sopro desfazem-se. Lembrei-me destas flores por causa das flores comestíveis de Luís Barata.

A Juntar a estas flores coloco uma canção de Brel que nos fala de flores e bombons!

Les Bonbons (versão de 1964)

Cartas a Um Jovem Poeta, Rainer M. Rilke 2.


“A segunda coisa de que lhe queria falar é a seguinte: de todos os meus livros, poucos me são indispensáveis: duas obras, porém, estão sempre ao meu alcance onde quer que me encontre. São estas a Bíblia e os livros do grande poeta dinamarquês Jens-Peter Jacobsen. A propósito: conhece as suas obras? Ser-lhe-á fácil obtê-las. Uma parte, muito bem traduzida, foi editada pela “Bibiloteca Reclam”. Veja se consegue o pequeno volume Seis Novelas e o romance Niels Lyhne. Comece pela primeira novela, intitulada Mogens. Arrebatá-lo-á um mundo – a felicidade, a riqueza, a insondável grandeza de um mundo. Viva algum tempo nestes livros, aprenda com eles o que, a meu ver, vale a pena aprender, mas, sobretudo, ame-os. Este amor ser-lhe-á mil e mil vezes retribuído e, dê a sua vida as voltas que der, atravessará, tenho a certeza, o tecido da sua alma, como fibra essencial confundida com as voltas que der, atravessará, tenho a certeza, o tecido da sua alma, como fibra essencial confundida com as das suas experiências, das suas decepções e das suas alegrias.
Se tivesse de dizer com quem aprendi alguma coisa da Natureza criadora, das suas fontes e das suas leis eternas, apenas dois nomes poderia citar: o de Jacobsen, o grande, grande poeta, e o de Augusto Rodin, esse escultor sem rival ente todos os artistas de hoje.
Que tudo lhe corra sempre bem, meu caro sr. Kappus, é o que lhe deseja do coração o seu


RAINER MARIA RILKE
Viareggio (Pisa, Itália), 5 de Abril de 1903”.

Rainer Maria Rilke, Cartas a um Jovem Poeta: Lisboa, Contexto, 2000, p.22-23.

Amor vivo



Amar! mas dum amor que tenha vida…
Não sejam sempre tímidos harpejos,
Não sejam só delírios e desejos
Duma doida cabeça escandecida…

Amor que viva e brilhe! luz fundida
Que penetre o meu ser – e não só beijos
Dados no ar – delírios e desejos –
Mas amor… dos amores que têm vida…

Sim, vivo e quente! e já a luz do dia
Não virá dissipá-lo nos meus braços
Como névoa da vaga fantasia…

Nem murchará do sol à chama erguida…
Pois que podem os astros dos espaços
Contra uns débeis amores… se têm vida?

O mesmo poema, com variantes:

Amar! mas duns amores que têm vida…
Não serão vagos, trémulos harpejos,
Não serão só delírios e desejos
Duma doida cabeça escandecida…

Hão-de ver! e, como a luz fundida
Penetrar o meu ser – não serão beijos
Dados no ar – delírios e desejos –
Mas amor… dos amores que têm vida…

Com eles hei-de andar no mundo: o dia
Não pode vir fundi-los nos meus braços
Como névoas ideais de fantasia.

Nem os dissipa o sol co’a luz erguida…
Pois que podem os astros dos espaços
Contra uns débeis amores… se têm vida?

Antero de Quental

In: Sonetos. Lisboa: Marujo, 1986, p. 55, 172

Quanto a mim, prefiro a primeira versão aqui apresentada.
Antero faria hoje 167 anos.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Coimbra 69

Depois de ver os posts da Ana, tive de ir procurar este cartoon, que me disseram ser da autoria do cineasta João Botelho, então estudante de Coimbra.

Quando chegou a época de exames, era assim que os fura-greves iam fazer exames.

Antiguidades na Cordoaria Nacional


Abriu hoje ao público a VIII Bienal de Antiguidades, na Cordoaria Nacional, sob a égide da Associação Portuguesa dos Antiquários.
Até 26 de Abril, das 18 às 24h nos dias úteis, das 16 às 24h ao fim-de-semana, e no último dia das 16 às 22h.

Noronha da Costa


- O pintor Luís Noronha da Costa faz hoje 67 anos. Aqui ficam duas telas de sua autoria.

Trova do Vento que Passa! Adriano Correia de Oliveira

Poema de Manuel Alegre. Balada de António Manuel Portugal, cantada por Adriano Correia de Oliveira

"(...)
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não".


Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não!

Alberto Martins, Presidente da Associação Académica de Coimbra, 17 de Abril de 1969

Revolta estudantil de Coimbra 17 de Abril de 1969.

Faz hoje, 17 de Abril, 40 anos que os estudantes de Coimbra se revoltaram quando Américo Tomás, acompanhado pelo ministro da educação José Hermano Saraiva vão a Coimbra inaugurar o novo edifício universitário das Matemáticas.
A recém eleita direcção da Associação Académica de Coimbra, através dos seu presidente, pediu para falar na cerimónia, Tomás recusou. Foi o rastilho para o movimento acirrado devido às prisões efectuadas, pela polícia, dos dirigentes estudantis. Até Outubro a cidade de Coimbra viveu em estado generalizado de desobediência cívica, não sendo suficientes as medidas repressivas, dado que estas serviram para reforçar a unidade estudantil e do domínio da esquerda. No dia 2 de Junho começou a greve aos exames, apenas desmobilizada em Setembro. Cerca de 49 estudantes foram compulsivamente integrados no serviço militar, não se concedendo o adiamento da incorporação. Em 11 de Abril de 1970, tudo parecia terminar quando uma comissão de estudantes, com Alberto Martins à frente foram a Lisboa pedir benevolência a Américo Tomás, na presença do ministro da justiça, Mário Júlio de Almeida Costa, com discursos do reitor, Gouveia Monteiro, e de Teixeira Ribeiro, numa manobra que contou com a ajuda de Sebastião Cruz e Mota Pinto.
Revolta dos Estudantes 1969

Ateus contra Cavaco



A Associação Ateísta Portuguesa manifestou-se "absolutamente indignada" pelo facto de Cavaco Silva ter aceite fazer parte da comissão de honra da canonização de D.Nuno Álvares Pereira, cerimónia que se realiza no próximo dia 26, em Roma. Diz a AAP que se assim se estabelece " uma confusão entre as funções de Estado e os actos pios de foro individual". Será que a Associação não sabe que é da praxe estarem presentes autoridades do país de origem de quem é canonizado?
Duvido que Mário Soares ou Jorge Sampaio se tivessem recusado a estar na comissão de honra.

Cinenovidades - 39 : Um Amor de Perdição

Mais uma adaptação do romance português mais vezes adaptado para teatro e cinema. Desta vez, foi Mário Barroso quem se aventurou em terras camilianas neste filme já envolto em alguma polémica dada a transposição da história para os nossos dias operada pelo cineasta. Tomás Alves e Catarina Wallenstein em estado de graça, bem acompanhados por valores seguros ( Virgílio Castelo, Ana Padrão, Ana Moreira, Rui Morison ) . Estreia dia 23. Vamos ver?

A força da poesia


Dia 23 é inaugurada na Galeria Carlos Paredes da Sociedade Portuguesa de Autores, a exposição Ary dos Santos- a força da poesia, assinalando os 25 anos da morte de José Carlos Ary dos Santos.

Ana Moura

Porque ontem foi o Dia Mundial da Voz, e ela cantou em São Carlos.

Ian McEwan no CCB

Ian McEwan vai estar amanhã no Centro Cultural de Belém, às 16h, para uma conversa com Clara Ferreira Alves aberta à participação da assistência. A visita de McEwan prende-se com o lançamento entre nós de Por Ti.

A crise e as obras públicas

" (...) Os estudos cometem um erro, ao esquecerem que o investimento em obras públicas está sujeito à lei dos rendimentos decrescentes. Com a primeira auto-estrada entre Lisboa e Porto, a produtividade da economia aumentou muito, porque se eliminou um factor de bloqueio e os custos de transacção diminuíram. Mas quando se constrói a enésima auto-estrada, entre duas cidades sem tráfego, já não se acrescenta valor. O mesmo se passa com os estádios ou com o Parque das Nações. Se, com tanto investimento em obras públicas, continuamos a empobrecer, temos de nos interrogar sobre se não estamos a usar os remédios errados. "

- Vítor Bento, na VISÃO de ontem.

Flores que se comem - 2

Flores de borragem ( Borago officinalis )

As flores frescas azuis são usadas em saladas, bolos e outras sobremesas.

Paco De Lucia, John Mclaughlin et Al Di Meola!

Hoje lembrei-me deste trio que adoro. Paco de Lucia tive o prazer de ouvir ao vivo. Os outros só em disco. Dedico a todos os que gostarem de guitarra e jazz.

Mediterranean Sundance Friday Night in San Francisco



Amazing

Tabuleta...


... na Cidade do México.
cop. Wheeler - Photononstop
Um amigo ofereceu-me este postal, muito giro. Pode ser que um dia vamos ver a tabuleta in loco.

Cartas a Um Jovem Poeta. Rainer Maria Rilke.

A "Páscoa" de Filipe Vieira Nicolau trouxe Rainer Maria Rilke. A leitura das suas passagens fizeram-me ir à estante procurar este livro que guardo com carinho por gostar muito dele.
“Antes de mais nada, é preciso que saiba que as suas cartas me dão sempre prazer. Peço-lhe apenas indulgência para as respostas. Estas deixar-lhe-ão muitas vezes as mãos vazias, porque, no fundo, sobretudo para o essencial, estamos indizivelmente sós. Para que dois seres possam aconselhar-se e ajudar-se, são precisos muitos encontros e muitas realizações. Para um só êxito é necessária uma constelação de acontecimentos. Hoje apenas quero falar-lhe de duas coisas.
Primeiro, da ironia. Não se deixe dominar por ela, sobretudo nos seus momentos de aridez. Nos momentos criadores esforce-se por utilizá-la como mais um meio de prender a vida. Utilizada pura, a ironia também é pura e não envergonha. Se sente por ela demasiada inclinação, se teme entre si e ela uma intimidade crescente, volte-se para coisas grandes e graves diante das quais ela se torne pequena e como que perdida. Desça às profundidades, a ironia não vai até lá. Se, porém, o acompanhar até à beira da grandeza, veja se corresponde a uma necessidade do seu temperamento. Sob acção das coisas graves, ou se desprenderá de si (neste caso era apenas acidental) ou, sendo verdadeiramente inata, se transformará também em instrumento precioso, tomando o seu lugar no conjunto dos meios de que deve formar a sua arte”.
(continua)

RAINER MARIA RILKE
Viareggio (Pisa, Itália), 5 de Abril de 1903.

Rainer Maria Rilke, Cartas a um Jovem Poeta: Lisboa, Contexto, 2000, p.21-22

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Uma lição: Nunca se deve julgar um livro pela capa!

Antes de trazer para aqui Susan Boyle, fiz uma auto-censura, perguntei a mim mesma:
Não será hipócrita colocar aqui este programa que não vejo nem veria?
Pensei, pensei ... e resolvi colocar porque foi para mim uma lição: às vezes avaliamos os outros pela aparência e depois saem grandes surpresas. Eis esta surpresa, uma simples cidadã desempregada que afinal já está a ter sucesso devido à sua voz cristalina, sem ter treino formal.

"O programa 'Britain's Got Talent' revelou uma estrela pouco provável: Susan Boyle uma desempregada britânica de 47 anos transformada em celebridade graças a uma voz que até há bem pouco tempo só os vizinhos conheciam.
Numa gala seguida por 11,3 milhões de pessoas - e que entretanto se tornou num fenómeno de visitas no YouTube -, Susan Boyle cantou I Dreamed a Deam, do musical Os Miseráveis.

De acordo com a BBC, Susan tinha já revelado num dos programas que começou a cantar quando tinha 12 anos, "quando cantava em coros e concertos da escola". Desde então apenas teve como palco alguns bares e discotecas"

DN de 16 de Abril de 2009.

Susan Boyle

Lendo os outros

Portinari: o cafeeiro (1939)

"As revoluções e as rebeliões não nascem do nada. Se encontram quem lhes dê rosto, uma ideia condutora ou uma justificação, os motivos profundos que as desencadeiam não são acidentais nem se prendem com a vontade de poder e a estratégia de um só homem ou de um grupo. Há que saber ouvir o povo chão, compreender a revolta daqueles que se sentem ultrapassados, repelidos ou humilhados por uma dinâmica que não conseguem acompanhar. Para os poderosos e para as elites que jamais tiveram fome, problemas de emprego e angariação de subsistência, que não sabem o que é penar para reunir o mínimo para manter a dignidade, há que encontrar o termo adequado que permita a uns dormir descansados e aos outros não acordarem em ira cega e destruidora. Saber mudar a tempo, saber abrir generosamente a mão do supérfluo para manter o essencial, não acreditar, jamais, que a vantagem de hoje é caução para todo o sempre; eis o segredo de um sistema justo. É certo que o acto de governar desenvolve-se em esferas diversas. Se visa manter o Estado e os grandes princípios que fazem de uma sociedade uma unidade de destino, deve também preocupar-se com a soma das coisas pequenas que justificam a cidadania, o estar em sociedade e o viver em conjunto por uma ideia de justiça e felicidade que a todos deve premiar. Se aos trabalhadores não cabe governar, cabe ao Estado e à elite no poder governar prioritariamente para os trabalhadores. Aprendi isto há muito: quem pouco tem, contenta-se com pouco, conquanto sinta que por ele se compadecem e abeiram os poderosos. É este o segredo da arte de governar. O acto de governar é um acto de caridade. E se de tal se rirem as elites, há que dizer-lhes que os trabalhadores, quando exasperados, são coisa terrível à solta."


in "Combustões", 14.4.2009

Pagamento na proporção

Que o excesso de peso na bagagem significa ter de pagar mais não é novidade. Todos sabemos que é assim sempre que viajamos de avião. Mas agora as restrições vão para quem tem corpinho pesado! Isso mesmo. Esta norma foi hoje posta em prática pela United Airlines, a terceira maior companhia norte-americana, que a partir de agora vai exigir o pagamento equivalente a duas passsagens a quem for obeso e pretenda viajar na companhia, em classe turística, sempre que o avião tenha a sua capacidade lotada. Esta medida surge na sequência de centenas de queixas que a companhia recebeu o ano passado por parte de passageiros que protestaram por ter de partilhar o seu espaço com pessoas mais volumosas.

Curiosidade do dia

Sabe-se agora que os indesejáveis spam além de entupirem as nossas contas de correio electrónico são altamente poluidores. Segundo um estudo da companhia de segurança informática McAfee, a circulação destes mails em todo o mundo produz uma emissão de CO2 equivalente à causada por 3,1 milhões de veículos, originando um gasto energético da ordem dos 33 mil milhões de KWh/ano. Este desperdício de energia daria para abastecer de electricidade 2,4 milhões de lares.

Uma voz que eu adoro: James Mason

no Dia Mundial da Voz


James Mason e Joan Hackett - Rebecca (1962)

Correio interno - 3 : Lembrete

Conforme foi anunciado aqui no blogue a 28 de Março ( correio interno-2 ), estaremos todos juntos no próximo domingo, dia 19 de Abril, data do nascimento do Prosimetron, para comemorarmos o primeiro aniversário deste nosso blogue.
E o local escolhido é o restaurante Doca do Espanhol, na Doca de Alcântara, pelas 14h. Darei mais pormenores por correio electrónico. Entretanto, recomendo uma novena a S.Pedro...

Os "classificados"






Anúncio no "Correio da Manhã"

PRETA E SOLTEIRA :
Procuro companheiro macho, a origem étnica não é importante. Sou muito boa fêmea e adoro BRINCADEIRAS.
Gosto muito de passeios nas matas gosto de andar de jeep, de viagens para caçar, acampar e pescar, de noites de inverno aconchegadas junto à lareira. Jantares à luz de velas fazem que vá comer-lhe à mão. Quando voltar a
casa do trabalho esperá-lo-ei à porta, vestindo apenas o que a natureza me deu. Telefone para 218756420 e pergunte pela Micas. Aguardo notícias suas...



RESULTADO DO ANÚNCIO:
Mais de 15.000 homens deram por si a telefonar para a Sociedade Protectora dos Animais - Secção de Caninos....



Dos Almanaques - 1

Adoro Almanaques! Neles encontramos as coisas mais diversas e mais inesperadas.
Hoje escolhi uma

QUADRA

Se queres meu coração
Hás-de ir ao fundo do mar.
Eu não sou concha da praia,
Que se apanhe a passear.

Urbano de Castro

Personalidades que admiro 2, António Damásio.

Vi a entrevista de Judite de Sousa a António Damásio e achei-a insípida. O neurologista é outra personalidade que admiro. Os seus estudos auxiliam as Ciências Sociais a repensar o papel do homem na História através da análise do comportamento humano.

António Damásio nasceu em Lisboa, em 1944, licenciou-se em Medicina na Universidade de Lisboa, onde se doutorou. O tempo que passou em Boston no Centro de Investigação de Afasia foi frutífero para desenvolver a sua ciência acerca da consciência. Actualmente é professor na Universidade Central de Medicina de Iowa.
As ferramentas que hoje estão ao dispor dos neurologistas permitiram-lhe tirar conclusões até aqui impensadas. A obra que o tornou célebre foi o Erro de Descartes mas a que eu elejo é O Sentimento de Si: O corpo, a emoção e a neurobiologia da consciência, livro que li há uns anos e do qual gostei imenso. Neste livro desenvolve a ideia original de que as emoções fazem parte de um grande sistema de regulação biológica e que este sistema está intimamente ligado à emergência da consciência:

"A consciência é a função biológica crítica que nos permite conhecer a tristeza ou a alegria, sentir dor ou prazer, sentir vergonha ou orgulho, chorar a morte ou o amor que se perdeu.
A consciência é, com efeito, a chave para uma vida examinada, para o melhor e para o pior; é a certidão que nos permite tudo conhecer sobre a fome, a sede, o sexo, as lágrimas, o riso, os murros e os pontapés, os fluxo de imagens a que chamamos pensamento, os sentimentos, as palavras, as crenças, a música, a poesia, a felicidade e o êxito
."
O primeiro problema da consciência diz respeito ao modo como construímos um «filme-no-cérebro» "(...) Do ponto de vista da neurobiologia, a resolução deste primeiro problema da consciência consiste em descobrir o modo como o cérebro constrói padrões neurais nos seus circuitos de células nervosas e consegue transformá-lo em padrões mentais explícitos que constituem aquilo a que me apraz chamar imagens, o nível mais elevado dos fenómenos biológicos."
O segundo problema da consciência, consiste em explicar como o cérebro também produz o sentido de si no acto de conhecer um objecto. "A solução para este problema implica a compreensão de como eu, enquanto escrevo, tenho um sentido de mim, e de como o leitor, enquanto lê, tem um sentido de si; (...)"

Neste estudo concluiu que a neurociência não começou por estudar fenómenos simples, começou por compreender coisas muito, muito complexas e depois, a pouco e pouco, chegou às coisas mais escondidas, que são também complexas, mas que são ao mesmo tempo mais simples.

António Damásio - O Sentimento de Si: O corpo, a emoção e a neurobiologia da consciência, Lisboa: Europa – América, 2000, p. 23 e 28-29

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Uma leitura de "Salazar o maçon"


Para um leigo, ou profano na designação maçónica, o livro do Juiz José Costa Pimenta conceituado jurista com vasta bibliografia na área do Direito, é uma descoberta interessantíssima. Lê-lo é ficar a conhecer mais da doutrina da Maçonaria, seja a da Regular como a da Irregular, que vem até nós ao longo de séculos.

O tema do livro, porque é António de Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros durante quase toda a II República, ou Estado Novo, tem feito tremer as paredes do Templo e as muralhas atrás das quais se refugiam os seus últimos seguidores, passados que foram 39 anos da sua morte. Para os maçons e para os salazaristas este livro é provocatório e incomodativo. Põe em causa princípios e valores, atinge homens que, ao lado de Salazar, também ele um “traidor”, aparentemente traíram a sua obediência, atinge a figura do ditador que, aparentemente, teria traído todos os seus ultra – conservadores seguidores e aliados monárquicos, republicanos e tutti quanti.

O método de prova para a identificação de Salazar com a Maçonaria – para além da verificação de que muito cedo deixou de frequentar os sacramentos da Igreja Católica em que foi educado, certamente porque aderira à "religião natural", (curiosa a explicação dada pela governanta D. Maria a uma afilhada, de que o Papa o teria dispensado de se confessar e comungar…) – é o de tomar palavras –chave da doutrina maçónica e de as “encontrar” nos escritos de Salazar, principalmente nos seus discursos. A verdade é que, usadas exactamente na mesma acepção, elas parecem revelar uma filiação na doutrina da Maçonaria. Si non è vero

Lendo este livro, eu que não sou maçon nem muito menos salazarista, não fico perturbado. Ao contrário, fico a perceber melhor o pensamento político do autocrata de Santa Comba Dão, muitas das suas acções, muito das suas ambiguidades, das suas simpatias e antipatias políticas.
E, no fundo, apesar dos atropelos à doutrina e prática maçónicas, Salazar até, ao construir um regime à sua exacta medida e das suas ambições de poder pessoal, inscreveu na Constituição de 1933 as liberdades formais (que depois suspendeu com outras normas) e o Estado Novo era uma democracia, embora orgânica…

Afirma-se por aí que foi iniciado na Loja Revolta nº 336, em Coimbra, em 1914, proposto pelo seu amigo maçon, Bissaya Barreto. E que escolheu o nome de código de Pombal. Afirma-se, também, que teria dito que gostaria de ser primeiro –ministro de um rei absoluto. Tal como o marquês de Pombal que, sendo maçon, não deixou de ser um déspota "iluminado".

Sabido que a Maçonaria está onde está o poder, porque não acreditar que Salazar foi maçon? Eu, que sou profano, fiquei a acreditar.

Casamento canino


De facto como é que o divórcio entre humanos pode ser bem visto em certos países asiáticos se lá até se realizam casamentos caninos! Foi o que aconteceu recentemente em Chengdu, no sudoeste da China. Os habitantes daquela cidade nem queriam acreditar quando uma abastada família local resolveu fazer o enlace da sua cadela de estimação com o respectivo cônjuge… A boda canina que esteve a cargo de uma empresa especializada neste tipo de eventos até meteu música e aposentos nupciais. Em tempos de crise são os sinais (positivos?) das economias emergentes.

Centenário do Congresso Municipalista


Faz amanhã 100 anos que abriu, em Lisboa, o Congresso Municipalista, presidido por Anselmo Braamcamp Freire. A Câmara Municipal de Lisboa vai evocar o acontecimento cpm diversas actividades, com destaque para uma exposição.

Espanha em 2º lugar na aprovação do divórcio

Espanha é o segundo país do mundo que melhor aceita socialmente o divórcio. Depois do Brasil, o primeiro no ranking, nuestros hermanos crêem ser a ruptura do matrimónio a melhor solução quando uma das parte não consegue superar os seus problemas conjugais. Esta conclusão vem provar que, afinal, a sul, se dão cartas em algumas matérias relativamente a outros países do Norte da Europa considerados tradicionalmente mais liberais. Dos 35 países analisados o Japão revelou ser o país que pior aceita o divórcio, seguido das Filipinas e dos EUA. Este estudo revela ainda que numa escala de valores comportamentais, a ruptura do matrimónio é mais justificável que, por exemplo, a eutanásia, o aborto ou a prostituição.

O romantismo masculino ...

Curiosidade do dia

O que é uma carícia perfeita? É aquela que decorre “a uma velocidade entre quatro a cinco centímetros por segundo, tal como uma mãe faz ao seu filho”. Quem o conclui é um conjunto de investigadores suecos e norte americanos das universidades de Gotemburgo e Carolina do Norte num trabalho publicado na última edição da revista Nature Neuroscience.
No estudo em que foram efectuados testes a 20 pessoas no momento de receberem uma carícia no antebraço analisou-se a reacção do C-tactile, um tipo de fibra nervosa que se activa unicamente quando a carícia é produzida à velocidade acima mencionada: entre 4 a 5 centímetros por segundo. Nem mais nem menos.
Por outras palavras: foi testado o nervo do prazer!

Ainda Emma Thompson...

Muito barulho por nada (Much ado about nothing) de Kenneth Branagh foi um êxito de bilheteira no Reino Unido e na Alemanha em 1993. Em Portugal, passou praticamente despercebido - indevidamente, pois trata-se de uma adaptação cinematográfica da obra homónima de Shakespeare bem sucedida.

Do elenco notável constam Emma Thompson, Kenneth Branagh, Denzel Washington, Keanu Reeves, Robert Sean Leonard, Kate Beckinsale, and many, many more...

O excerto que se segue dura quase 10 minutos. Nem pensar ... dirão os estimados leitores. No entanto, vale a pena. Desde a introdução literária em que a espécie masculina tem um tratamento pouco benevolente até à entrada dos cavaleiros orgulhosos à volta de Don Pedro.
Uma produção sublime, bela, fresca - and very sexy indeed! Enjoy!

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Encontro com o cinema britânico: Emma Thompson

Emma Thompson celebra hoje o seu 50º aniversário. Nasceu em Londres a 15 de Abril de 1959.

Emma cresce num ambiente familiar criativo e alegre: os seus pais, Eric Thompson e Phyllida Law, são ambos actores (Emma viria a contracenar com a mãe em vários filmes posteriormente). Estuda Literatura Inglesa em Cambrigde, onde integra o famoso Footlights Group, berço de alguns dos artistas que compuseram os Monty Python.
Os primeiros passos artísticos dão-se nos anos 80: Thompson estreia-se em programas de rádio na BBC e nalguns comedy shows televisivos. Torna-se conhecida do público londrino em 1985 na adaptação de Me and My Girl no West End, juntamente com Stephen Fry, um dos companheiros dos tempos do Footlights Group. O sucesso em palco leva a BBC a convidá-la para o papel principal da série Fortunes of War em que Thompson e Kenneth Branagh interpretam um casal inglês expatriado na Roménia durante a Segunda Guerra Mundial. A jovem Emma é galardoada com o BAFTA, e a partir deste momento, inicia uma carreira cinematográfica internacional notável. Seus papéis abrangem um universo vasto e diversificado de interpretações: quer em produções Merchant-Ivory, inconfundivelmente british, quer em grandes produções de Hollywood, a actriz convence pelo seu talento e seu charme.

Referir os filmes de Emma Thompson na íntegra é impossível. Restam apenas algumas anotações: em 1992, Thompson desempenha a Maggie em Peter’s Friend sob a direcção do seu (então) marido Kenneth Branagh. Ainda nesse ano, ganha o Óscar de melhor actriz pela interpretação de Margaret Schlegel em Howard’s End (1992) de James Ivory, ao lado de Anthony Hopkins. Com ele, brilha novamente um ano mais tarde em The Remains of the day do mesmo realizador. Também em 1993, defende Daniel Day-Lewis num drama sobre o IRA em In the name of the father de Jim Sheridan. Em Sense and Sensibility (1995), afirma-se como actriz sob a égide de Ang Lee, e revela outra faceta da sua capacidade ao adaptar a obra homónima de Jane Austen ao argumento para o filme, o que lhe vale um Óscar nesta categoria.

Outras participações seguem-se em Primary Colours (1998) de Mike Nichols com John Travolta, Harry Potter and the Prisoner of Azkaban (2004), Nanny McPhee (2006) e, por fim, Last Chance Harvey de Joel Hopkins ao lado de Dustin Hoffman, conforme já apresentado por Luís Barata.

Menos conhecidas, mas nem por isso menos impressionantes, serão as interpretações em Much ado about nothing (1993) e, sobretudo, em Carrington (1995): sob a direcção de Christopher Hampton, vemos Emma Thompson como pintora Dora Carrington, pouco conformista com os padrões da era victoriana, num relacionamento, pouco conformista igualmente, com o escritor Lytton Strachey (Jonathan Pryce). Emma Thompson e Carrington – verdadeiros superlativos!


Imagens: Emma Thompson; The remains of the day (1993), com Anthony Hopkins; Much ado about nothing (1993), com Kenneth Branagh; Sense and Sensibility (1995), com Kate Winslet

O que estou a ler - 3


- Nicolas Fouquet, retrato por Édouard Lacretelle, Palácio de Versalhes.

- Vaux-le-Vicomte, mandado erigir por Fouquet, que contou com Le Vau, Le Brun e Le Nôtre, o trio maravilha depois usado pelo rei para Versalhes. Ainda é propriedade privada.


" À 6 heures du soir, Fouquet était le roi de France, à 2 heures du matin, il n' était plus rien."
Estou a ler o primeiro romance de Alain Duménil, o grande homem de negócios francês apaixonado pela literatura, que até criou um prémio literário com o seu nome há dois anos. Mas trata-se de um romance que é praticamente uma verdadeira biografia do todo-poderoso Surintendant des Finances, Nicolas Fouquet. A extraordinária ascensão e queda de Nicolas Fouquet ainda hoje é lembrada como o exemplo supremo de que a ostentação das novas riquezas tem de ser moderada perante o olhar do soberano. A sumptuosidade com que Luís XIV e a sua família ( a rainha-mãe, Madame e Monsieur ) foram recebidos em Vaux-le-Vicomte, com uma peça de Molière criada para a ocasião ( Les Fâcheux) , " les cinq cents douzaines d' assiettes d' argent, les cent vingts douzaines de serviettes, les trent-six douzaines de plats et le service complet de vermeil sur les quatre-vingt tables et les trente buffets prévus à cet effet.", fogos-de-artifício, uma pequena orquestra e até um retrato do rei pintado por Le Brun, foi a perdição de Fouquet.
- La fête royale, Alain Duménil, Plon, 2008.

Flores que se comem - 1

Amor-perfeito ( Viola tricolor )

Usado em saladas e em sobremesas. Com uma vantagem medicinal: propriedades diuréticas.

A imprensa em Portugal...

Quando a imprensa em Portugal é verdadeiramente ameaçadora não é quando fala. É quando se cala. Há quem tenha muito mais medo do seu silêncio do que da sua cólera.
«- Homem! Descomponha-me!» dizia-me há tempos um autor que me tinha oferecido um livro, de que não me ocupei.
João Chagas

Areia, José Gomes Ferreira.

José Gomes Ferreira, por Mário Dionísio

www.fundacao-mario-soares.pt/.../jgomesf.gif

Areia


VIII


Com o mar,
as curvas das ondas
e o dorso dum peixe ao luar
fiz uma deusa
que criou o mar...

(E depois deitei-me ao comprido
com o mistério resolvido)


José Gomes Ferreira, Poesias II, Lisboa: Portugália, 1972, p. 18

Estreia no São Carlos: Agrippina!

Agrippina, de George Frideric Handel estreia no dia 17 de Abril (20 horas). O libreto é de Cardeal Vincenzo Grimani e foi estreada em Veneza em 1709.
É encenada por Michael Hampe, com a direcção musical de Nicholas Kok e cenografia e figurinos de Hank Irwin Kittel.
Nova produção do TNSC em co-produção com o Theatre Erfurt.
Agrippina é interpertada por Alexandra Coku e Cláudio por Reinhard Dorn.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Henry Lee, Nick Cave and PJ Harvey!

Resolvi colocar outro músico alternativo que adoro, Nick Cave. A música que escolhi intitula-se: "Henry Lee" e cantou-a com PJ Harvey.



Nicholas Edward Cave, Nick Cave, é australiano, músico de rock alternativo, argumentista, pintor e ocasionalmente actor. Nas suas músicas aborda temas como a morte, o amor, a América e a violência.
Ele é mais conhecido pelo seu trabalho na banda rock: "Nick Cave And The Bad Seeds" constituída em 1984.

SOMETHING'S GOTTEN hold of my heart

"The Maker Makes", Rufus Wainwright!

Para agradecer a Jad e ao anónimo que me enriqueceu deixo: "The Maker Makes" (Brokeback Mountain soundtrack) in Reykjavik (Haskolabio) on April 13, 2008



Gosto muito da sua voz.

A "maior" festa do mundo em Lisboa




Marquem na agenda o dia 9 de Maio e preparem roupa branca para a entrada na maior festa do Mundo. Trata-se de mais uma edição do Sensation desta vez a realizar em Lisboa, no Pavilhão Atlântico. Desenvolvido pela empresa holandesa ID&T, este conceito de espectáculo multimédia vem a Portugal apresentar o Ocean of White, um espectáculo com a duração de sete horas e uma coreografia que pretende transportar o público para as profundezas do oceano. É a celebração do mundo subaquático num cenário de 80 metros que acolhe pista de dança, diversas criaturas das profundesas, fontes e jactos de água acompanhados de técnicas de palco inovadoras e efeitos especiais à mistura com luzes, projecção de vídos, câmaras ao vivo e pirotecnia. Todos os anos é escolhido um novo tema para este Sensation que se estreou em 2000, no Arena de Amesterdão, tendo contado com a presença de 20 mil pessoas. Nove anos depois do início do Sensation, outras cidades da Europa e de todo o mundo se renderam a esta original performance. No final deste ano, estaremos entre os mais de 18 países que terão assitido à festa dos Oceanos num enncontro diferente até pelo dress code a que obriga. Segundo os organizadores, os espectadores vestidos de branco vão ajudar a criar uma atmosfera envolvente, de paz, tornando o espectáculo singular em ambiente de união entre todos os presentes. Os bilhetes mais baratos custam 65 euros com aceso à arena e bancadas onde toda a acção decorre.


Há mesmo coisas a mudar


Estou à espera das reacções dos que têm clamado que Obama é só retórica e pouca substância, e que no essencial tudo será como na era Bush, depois do anúncio de ontem relativo ao levantamento de restrições de viagens e envio de remessas para Cuba por parte dos cidadãos norte-americanos que tenham familiares na ilha.